A frota de mais de 300 táxis e 75 vans escolares que atuam em Pelotas, conforme dados da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT), em breve poderão trafegar pelos corredores exclusivos dos ônibus. A permissão aprovada na sessão ordinária de quarta-feira (28) da câmara de vereadores tem como propósito melhorar a mobilidade urbana, especialmente em horários de pico, e incentivar a utilização desses dois meios de deslocamento coletivo, frente ao crescimento do fluxo de veículos particulares.
Para usar as faixas, as vans e táxis têm que estar devidamente identificadas. Além disso, é proibido o embarque e desembarque nos dois principais corredores da cidade, nas ruas General Osório e Marechal Deodoro, vias que são responsáveis pelo trajeto de mais de 55% dos ônibus. As faixas exclusivas estão distribuídas em cinco das principais ruas da zona urbana que ligam os bairros ao Centro.
De acordo com o secretário de Transporte e Trânsito, Flávio Al-Alam, a liberação do tráfego de vans escolares e táxis em toda a extensão dos principais corredores é uma pequena modificação, visto que os veículos já utilizam as faixas para realizar conversões nas vias. Na rua General Osório, após a avenida Bento Gonçalves, e na Marechal Deodoro, antes da Bento, por exemplo, os corredores são compartilhados com os veículos, que podem circular e realizar embarque e desembarque.
Mudança aprovada
O presidente do sindicato dos taxistas, Leonardo Nunes, aponta que desde a criação dos corredores, a utilização pelos táxis era um desejo da categoria. Isso porque, a permissão poderá conferir mais agilidade nos deslocamentos. “Vai auxiliar nos momentos em que o passageiro está com o horário apertado. A ideia é que se use o mínimo possível, só quando necessário”, diz ao destacar que a prioridade aos ônibus será respeitada.
Motorista de van escolar, Manoel Kruger, também já estava a par da aprovação da Lei. Circulando por boa parte da cidade para transportar alunos de três escolas, ele considera que o trajeto pelos corredores será uma boa alternativa em horários de pico. “Porque nesse período o trânsito é bem complicado para nós e teremos outro acesso. Os horários das 13h e 18h são os piores, os da tarde são mais corridos do que os da manhã”, relata.
Para Kruger a celeridade é uma vantagem para ele como motorista e para os passageiros que chegam e retornam da escola mais cedo.
O projeto de lei que regulamenta a permissão deverá ser sancionado pela prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) em breve.
