Há 100 anos
Os rio-grandinos recebiam de volta o Theatro Sete de Setembro, totalmente reformado. A obra que paralisou as atividades artísticas por um período trouxe de volta o velho cine-teatro pronto para receber qualquer companhia lírica ou dramática.
O Sete de Setembro passou a ter espaçosa sala de espera, camarotes mais confortáveis, bufê e bomboniere. De acordo com a imprensa da época, a empresa F. S. Gaudio & C., não mediu esforços para dotar o vizinho município de uma casa de entretenimento de alto padrão.
A inauguração foi prestigiada por autoridades civis e militares e convidados, que brindaram no dia 23 de dezembro de 1925 as novidades trazidas pela empresa. No ato, o coronel Pedro Goulart dos Santos discursou de improviso ao felicitar os sócios do empreendimento. Em nome da Gaudio & C. falou Jorge Chalita, amigo dos empresários.
Trajetória
Inaugurado em 7 de setembro de 1832, o Teatro Sete de Setembro era considerado um marco para a cidade do Rio Grande e para o estado do Rio Grande do Sul, registraram as pesquisadoras Lara Freitas de Oliveira e Vivian da Silva Paulitsch, no artigo Entre os edifícios teatrais e o fazer cênico: um panorama histórico do Teatro em Rio Grande/RS (2021). “Ele pode ser considerado o primeiro teatro construído em alvenaria, dessas localidades, e possuía um estilo arquitetônico distinto das construções da época”, descrevem.
O teatro foi construído na rua do Príncipe, atual General Bacelar, com saída para a atual praça Júlio de Castilhos. A iniciativa foi da Sociedade Sete de Setembro, “composta pelas famílias mais abastadas da cidade que, posteriormente, viriam a ter seus camarotes exclusivos”.
Conforme descrições encontradas, a construção exibia linhas arquitetônicas que seguiam a transição da arquitetura tradicional luso-brasileira e o neo-clássico. Ao longo dos anos passou por várias reformas e reinaugurações, também chegou a ser rebatizado recebendo os nomes de Cine Parisiense e Cine Independência, em 1926.
(Foto: Reprodução)
Fim de uma era
A Sociedade Sete de Setembro vendeu o Theatro para Alfredo Corrêa Leite, em 1895. “A escritura da venda foi lavrada no dia 15 de julho”. A partir desta data o empreendimento foi repassado outras vezes. Até que em 1º de janeiro de 1947, a empresa F. Cupello & Cia. Ltda compra o teatro da Empresa F. S. Gaudio e projeta a reconstrução do Sete de Setembro, demolindo o antigo edifício. A nova casa de espetáculos, passaria a atender aos moldes mais modernos existentes no país, conforme as pesquisadoras.
O Theatro Sete de Setembro foi descontinuado no final da década de 1950. No lugar surgiu o novo Cine-Teatro Sete de Setembro, inaugurado em 15 de novembro de 1949. O espaço foi fechado definitivamente em janeiro de 2021.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; artigo Entre os edifícios teatrais e o fazer cênico: um panorama histórico do Teatro em Rio Grande/RS (2021), de Lara Freitas de Oliveira e Vivian da Silva Paulitsch
A homenageada foi saudada, em nome da Câmara Municipal, pelo vereador Sérgio Chim dos Santos (Foto: Reprodução)
Há 50 anos
Presidente da unidade da LBA em Pelotas é homenageada pela Câmara
A Comissão Representativa da Câmara de Vereadores de Pelotas e o Legislativo pelotense homenageou a presidente do núcleo da Legião Brasileira de Assistência, no município, doutora Norma Pinto. A deferência foi oferecida “pelos relevantes serviços prestados à coletividade pelotense, particularmente às classes menos favorecidas”, conforme destacou na justificativa da proposição o, então, vereador Getúlio Lima (Arena), presidente da Casa, em dezembro de 1975.
A homenageada foi saudada, em nome da Câmara Municipal, pelo vereador Sérgio Chim dos Santos, líder da bancađa do MDB e que destacou que, “além do aplauso do povo, através de seus representantes, a homenagem do Poder Legislativo à doutora Norma Pinto” simbolizou ainda o agradecimento daquelas pessoas a quem seu trabalho ajudava.
Incentivo ao trabalho
Ao agradecer, a presidente da entidade atribuiu ao êxito de sua missão a homenagem que estava recebendo. Para a representante da entidade, o reconhecimento seria considerado como um incentivo dos poderes públicos e das entidades beneficentes locais.
Além do representante do prefeito Municipal, Cláudio Piquet Coelho entregou à homenageada um cartão de prata oferecido pela Câmara Municipal. O ato solene contou com a presença também de dirigentes de entidades de assistência no município.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
