Novo plano diretor do Bento Freitas terá influência da SAF e foco em melhorar acessos

Baixada

Novo plano diretor do Bento Freitas terá influência da SAF e foco em melhorar acessos

Fase é inicial, de replanejamento do documento apresentado em 2015

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Novo plano diretor do Bento Freitas terá influência da SAF e foco em melhorar acessos
Entre as premissas está um melhor aproveitamento do lado do estádio voltado à avenida Juscelino Kubitschek (Foto: Jô Folha)

Prevista na proposta do Consórcio Xavante, a modernização do Bento Freitas está prestes a começar. Uma espécie de mutirão será feito entre janeiro e abril para qualificar pontos considerados mais urgentes antes do início da Série D. Paralelamente, avança a elaboração de um novo plano diretor do estádio, com influência direta dos investidores da SAF do Brasil.

A fase é inicial, de replanejamento do documento apresentado em 2015 e que permitiu a requalificação de três módulos de arquibancada. Dado o estágio do projeto, não há prazo para conclusão nem orçamento definido – exceto as ações emergenciais já citadas. O que existe de diferente em comparação à década passada, aí sim, é a capacidade de planejamento financeiro gerada pela transformação administrativa do clube.

“Lá atrás a gente não trabalhava com uma perspectiva; trabalhava com algo imaginado. Agora não. Se trabalha com uma gerência central que vai imaginar o investimento em relação ao resultado esportivo que vai se ter ao longo do tempo”, resume o arquiteto Harry Caldeira, conselheiro do Brasil, envolvido no projeto inicial e agora novamente à frente do trabalho.

Melhor exploração da JK

O novo plano diretor da Baixada será detalhado em breve e tem, entre as premissas, um melhor aproveitamento do lado do estádio voltado à avenida Juscelino Kubitschek (JK). Há dez anos, a duplicação da via ainda não estava finalizada. Atualmente, o espaço maior permite a exploração ampliada da área, o que dialoga diretamente com estratégias da SAF, como eventos prévios e posteriores às partidas, por exemplo.

“Nosso desejo é melhorar o acesso, principalmente pelo lado da JK, trazendo a torcida para aquele espaço. Reordenar o fluxo, criar uma nova cultura, não eximindo a cultura que já existe pela [rua] João Pessoa, mas para poder mudar a percepção do estádio”, explica Harry.

A descentralização da reunião de torcedores no entorno do Bento Freitas também tem relação com a ideia de solidificar o processo de setorização do estádio, oferecendo experiências variadas conforme o local.

“Como a gente [pela JK] tem uma esplanada, um largo, que a gente chama, para questões de pré-jogo, de ativação, tudo que a SAF pensa em termos comerciais, de exposição de marca e tudo mais, acredito que temos um grande potencial”, completa o arquiteto.

O que serão as medidas emergenciais?

O mutirão preparado para ocorrer nos primeiros três meses de 2026 vai repaginar partes do estádio, apesar de passar longe de uma grande reforma. Quando os rubro-negros visitarem a Baixada para o primeiro jogo em casa do Brasil na Série D, em abril, deverão perceber melhorias nos banheiros.

Os três módulos de arquibancadas reformulados desde 2015 (Sul, JK e Norte) oferecem apenas banheiros químicos, que serão substituídos pelos tradicionais, chamados de banheiros físicos. A parte elétrica, considerada precária, também receberá atenção neste momento, assim como o vestiário do Xavante, com o objetivo de aumentar o conforto dos profissionais no dia a dia até a transição das atividades para o futuro centro de treinamento.

E o futuro?

Harry Caldeira explica que ainda é cedo para imaginar o Bento Freitas 100% revitalizado. São necessárias conversas com os investidores e análises de viabilidade das melhorias. Para o futuro, porém, o arquiteto destaca as intervenções a realizar na área mais antiga da casa do Brasil: a construção da rua João Pessoa, que abriga arquibancadas, pavilhão social, cabines de imprensa, vestiário, Central de Sócios e toda a parte administrativa.

“É uma região muito sensível. É a edificação mais antiga do estádio, onde temos uma série de problemas estruturais. É a região do estádio onde vai ter o fechamento do estádio, do anel inferior”, afirma.

O ideal, segundo o profissional, é que o clube passe a funcionar no futuro CT para permitir o começo das obras.

“Do ponto de vista logístico, a gente precisa adaptar esse dia a dia do clube a um novo espaço para poder tocar a obra adiante. Óbvio que a gente consegue trabalhar com modulação, uma organização de canteiro mais inteligente, mas é sempre melhor e menos custoso executar uma obra do início ao fim sem interrupções”, contextualiza.

Confira no player abaixo a entrevista completa com Harry Caldeira na Rádio Pelotense 99,5 FM

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