Setor hoteleiro tem impacto negativo pós-enchentes no RS
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

Pesquisa

Setor hoteleiro tem impacto negativo pós-enchentes no RS

Mesmo com a realização da Fenadoce, setor em Pelotas também não se recuperou das perdas sofridas no período

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Setor hoteleiro tem impacto negativo pós-enchentes no RS
90,6% dos hotéis no Estado foram impactados pelos eventos climático. Foto: Jô Folha

Pesquisa realizada recentemente pela Fecomércio aponta que 90,6% dos hotéis no Estado foram impactados pelos eventos climáticos ocorridos entre final de abril e começo de maio. Para além dos danos diretos, reportados por 35,8% dos entrevistados, 69,4% assinalaram perdas indiretas, com o faturamento médio em maio tendo ficado pouco acima da metade (53,8%) do que seria esperado para o período habitual. 

Com a elevada dependência do restabelecimento do fluxo de turista, o impacto não ficou restrito ao mês de maio: o nível de receitas se encontrava, até meados de julho, abaixo do necessário para fazer frente a totalidade da despesa para 63,9% dos entrevistados, sendo que para 35,1% as receitas correntes permitiam pagar no máximo 50% da despesa.

Em Pelotas, o cenário segue a mesma tendência, aponta o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Marcelo Curi Hallal. “O setor de Pelotas e região sofreu bastante, pois tivemos movimento significativamente abaixo da média nos meses de maio e junho, com lenta recuperação. Apesar de ser um evento representativo para a região, a Fenadoce ajudou na recuperação do período, mas não reverteu as perdas registradas nos meses anteriores”, avalia.    

Conforme Hallal, o turismo de negócios representa a fatia mais significativa do setor da Zona Sul. “Não tendo o setor de Porto Alegre trabalhando a pleno, as dificuldades enfrentadas para comprar passagens áreas para Pelotas – devido a preços altos, lotação e baixo número de voos – dificulta a vinda de quem precisar vir à região para trabalhar”, diz. 

A pesquisa entrevistou 385 estabelecimentos entre os dias 11 de junho e 15 de julho de 2024, por telefone, em todo o estado do Rio Grande do Sul.

 

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