Adriano Klein pediu rescisão de contrato na véspera da partida contra o Internacional. Oito dias depois, Wesley Santos sofreu lesão na reta final da preparação para o Bra-Pel. Os problemas forçaram o técnico Gilson Maciel a modificar a característica do ataque do Brasil, e é em um cenário com poucas alternativas que começa o trabalho focado na decisão contra o Esportivo, às 15h de domingo (9), em Bento Gonçalves.
Sem Wesley, que foi titular em todas as cinco partidas nas quais esteve à disposição pela Copa Professor Ruy Carlos Ostermann, o treinador xavante iniciou o clássico de domingo com Silvano na direita e Kauê do lado esquerdo. Márcio Jonatan e Patrikão formaram dupla de ataque, algo inédito até então. Depois do empate com o Pelotas, Maciel lamentou as baixas recentes.
“Jogador do nível do Wesley a gente faz todo o trabalho para recuperação. É diferenciado. O ‘se’ não joga, mas um Klein, um Wesley, são de nível que fazem diferença, têm um peso maior. A gente teve que fazer uma mudança tática em função de características”, disse o comandante rubro-negro, em referência à entrada de Kauê, meio-campista de origem, no time titular.
Canhoto, Kauê foi escolhido para o Bra-Pel em função do rival. A ideia era fazer uma dobra de marcação com o lateral Otávio para frear o lado direito do Lobo. “É um jogador que tem a qualidade de sair e um chute muito bom. Fechávamos a linha com ele. Conversei com o Kauê sobre essa possibilidade. Até em alguns momentos a gente poderia mudar o sistema se ele tivesse dificuldade”, disse Gilson.

Márcio Jonatan formou dupla de ataque com Patrikão no último domingo (Foto: Jô Folha)
Alternativas e pendurados em Bento
Após o clássico, o elenco xavante se reapresentou nesta terça-feira (4) no Bento Freitas para começar a preparação para o jogo da rodada final da primeira fase. Com a incerteza sobre a situação de Wesley, o treinador pode repetir a escalação do Bra-Pel ou voltar a escalar atletas de variados perfis, como os meias Thiago Góes e Ghiven ou os atacantes Daniel e Pescoço – este último soma apenas 32 minutos em campo no campeonato.
O gerente de futebol, Hélio Vieira, ressaltou o impacto dos desfalques. “Nosso grupo é pequeno, em número. Temos muitas dificuldades quando se tem uma perda. E quando se perde jogadores únicos em termos de característica, dificulta mais ainda porque sempre implica em uma mudança maior. Não só a substituição de um jogador pelo outro, mas também de modelo de jogo e estratégia”, avaliou no domingo.
O Brasil precisa vencer na Montanha dos Vinhedos para não depender de tropeço do Gaúcho para avançar às semifinais da Copinha. Uma derrota para o Esportivo faria o Rubro-Negro ser ultrapassado pelo adversário, podendo cair até para quarto. Não há nenhum jogador suspenso, mas três estão pendurados com dois cartões amarelos e, se receberem nova advertência, ficam fora do jogo de ida da próxima fase: Yuri, Murilo e Patrikão.
Copa Professor Ruy Carlos Ostermann
8ª rodada
Sábado (1º)
Juventude 1 x 3 Esportivo
Domingo (2)
Brasil 1 x 1 Pelotas
Quarta-feira (5)
19h | Aimoré x Internacional
Folga: Gaúcho e São Gabriel
9ª rodada (última rodada)
Domingo (9)
15h | Pelotas x São Gabriel
Esportivo x Brasil
Gaúcho x Juventude
Folga: Inter e Aimoré
Classificação
1) Pelotas | 13 pontos | 6 jogos
2) Brasil | 12 pontos | 6 jogos | saldo +12
3) Esportivo | 11 pontos | 6 jogos | saldo +6
4) Gaúcho | 11 pontos | 6 jogos | saldo +6
5) Aimoré | 7 pontos | 6 jogos
6) Internacional | 6 pontos | 6 jogos
7) Juventude | 5 pontos | 6 jogos
8) (*) São Gabriel | -3 pontos | 6 jogos
* Punido com a perda de quatro pontos no TJD-RS.
