Em entrevista exclusiva concedida ao A Hora do Sul em abril, Vilmar Xavier revelou só ter aceitado a ideia de assumir a presidência do Brasil com a promessa de transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Passados quase seis meses, o mandatário comentou o esforço e disse esperar uma rápida transição de gestão.
“O que deu mais trabalho para nós foi a recuperação judicial [aprovada em agosto]. Porque nós tivemos que garimpar credor por credor, buscar por todo o Brasil credores, até que chegamos naquela cifra de R$ 50 milhões, hoje 51. Então, esse foi um trabalho muito árduo, eu diria que foi o pior de todos”, resumiu o dirigente nesta quarta-feira (8) após a reunião do Conselho Deliberativo (CD) que aprovou a proposta do Consórcio Xavante.
O presidente se disse emocionado e feliz pelo momento e destacou a participação de vários rubro-negros em todo o processo. “Isso eu não fiz sozinho, em hipótese alguma. […] É um trabalho de muitas mãos, não de duas, três mãos. […] Tem muita gente envolvida. Por isso que está tendo êxito”, afirmou.
Transição
Para a concretização da transformação do Xavante em SAF e posterior formalização da empresa Grêmio Esportivo Brasil SAF, resta uma etapa: a aprovação dos sócios aptos a voto. Este evento, chamado de Assembleia Geral, ocorrerá na próxima terça-feira (14), no Bento Freitas. Havendo o esperado sinal verde, vai iniciar um período de gestão compartilhada, marcando o começo da transição do futebol da atual direção para os investidores.
“Já temos por norma e, até por uma ansiedade nossa: quanto mais cedo começar a transição, melhor. Mais cedo o clube se estrutura. Nós temos grandes desafios para o ano que vem no futebol. Então, após a Assembleia aprovar, e a gente tem convicção que irá aprovar, aí já começa a transição. A partir da semana seguinte, começa a se detalhar como será a transição”, projetou Vilmar.