E teve uma grande ideia. Suas costas gelam ao encostar nos azulejos, e a pele aquece com a água constante na pele. Essa é a moldura do momento em que finalmente você entendeu como poderia ter respondido àquela pessoa, como resolver o conflito na sua empresa ou simplesmente o próximo passo que irá dar para se aproximar do resultado que vem sonhando.
Eu sei que você se frustra quando senta no escritório, diz “agora vai” e… não vai. Quero te contar como fazer essa roda girar. Como ter boas ideias de forma consistente e ter resultado com elas.
Bertrand Russell e Graham Wallas descobriram algo que chamamos de “ciclo da criatividade”. Toda grande ideia precisa de:
Preparação: quando você cria repertório, referências, entra em contato com o problema, estuda.
Incubação: quando o problema vai dormir com você. Atenção: não estou falando do labirinto neurótico de pensamentos em que podemos nos perder quando ansiosos, mas sim sobre ir dormir e viver a vida… com o problema “incubado”. No cantinho da mente. Nosso cérebro precisa de distanciamento para fazer as conexões necessárias entre as referências que criamos e o problema que temos.
Iluminação: a hora H. Quando você está distraído e o insight acontece. A ideia no chuveiro, o pensamento entre séries na academia ou na caminhada. Repentinamente, o problema que estava incubado vem à superfície e você entende o que precisa fazer.
Verificação: não só de ideias no chuveiro irás viver, algum sábio um dia disse. Esta é a hora em que você pratica e testa a solução. Hora da validação.
Perceba que, para esse ciclo acontecer, você precisa de uma coisa: viver a vida por completo.
Estudar, sim.
Trabalhar, sim.
Descansar, sim.
Relacionar-se, sim.
Movimentar-se, sim.
A produtividade não pode ser ilustrada por uma linha reta, mas sim por uma espiral ascendente que contempla a vida de forma integral. Esse é um lembrete para você relaxar um pouco e viver, sim.
Seus banhos nunca mais serão os mesmos.
