Os motoristas do transporte coletivo de Rio Grande, através de assembleia realizada no começo da manhã desta quarta-feira, decidiram pelo fim da greve da categoria. Após dois dias de paralisação, os trabalhadores aceitaram a nova proposta conciliatória da Transpessoal, empresa permissionária do serviço no município, por 44 votos favoráveis a 35 contrários, além de quatro votos nulos.
Ainda na noite de segunda-feira (12), os motoristas recusaram, por 104 votos, a primeira proposta apresentada pela Transpessoal. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Rio Grande, Fábio Machado, o que foi apresentado em nada condizia com as reivindicações dos trabalhadores. A categoria pedia um plano de saúde para os trabalhadores, pagamento de diárias para os motoristas que também realizam a cobrança das passagens, reajuste salarial de 10% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e recuperação de perdas salariais do período entre 2020 e 2025.
A proposta aceita prevê o pagamento de um reajuste de 4,17% referente aos meses de fevereiro e março para ser quitado no pagamento deste mês; concessão de diárias de R$ 13 para motoristas que trabalham 7h20, R$ 9 para jornadas de 6h e R$ 6,50 para os que trabalham 4h por dia; reajuste salarial pelo INPC em fevereiro de 2026; e a construção conjunta de um plano de saúde, condicionada à manutenção do subsídio do município ao transporte público.
Durante a realização da assembleia do Sindicato, os motoristas foram liberados para participarem da deliberação e, com isso, não houve circulação de ônibus em Rio Grande no começo da manhã. Os primeiros coletivos saíram da garagem da empresa às 7h07, segundo a Secretaria de Mobilidade, Acessibilidade e Segurança (SMMAS).
Com o encerramento do estado de greve no transporte coletivo rio-grandino, as linhas e horários foram retomados normalmente.