O governador Eduardo Leite assinou na sexta-feira sua filiação ao PSD em São Paulo, em ato com o presidente da sigla, Gilberto Kassab. O governador deixou o PSDB após 24 anos de filiação com a expectativa de ser candidato à presidência da República em 2026. Segundo Kassab, Leite será o presidente da sigla no Rio Grande do Sul.
“Venho olhando para um partido que se constituiu sob a liderança do presidente Kassab, com muita habilidade, para colocar um partido no centro, mas que não é um centro que não se posiciona. Não existe democracia forte com política frágil”, disse Leite.
Sobre o governador do Paraná, Ratinho Júnior, que também é pré-candidato à presidência, Leite disse que a construção será com diálogo. “O desejo que ele tem é o mesmo que eu, vamos conversar sobre a melhor possibilidade contra a polarização”, afirmou. Caso não seja candidato à presidência, o governador pretende concorrer ao Senado.
PSD comemora crescimento
O presidente do PSD em Pelotas, Daniel Mussi, afirma que a expectativa é de que o partido “siga se consolidando como o maior partido da cidade”. Atualmente, o PSD possui a maior bancada da Câmara, com quatro vereadores.
“Não há dúvidas de que muitos prefeitos irão acompanhar o governador Eduardo para o PSD, diante disso, a expectativa é de que o PSD se consolide como um dos grandes partidos do estado, seguindo o crescimento nacional da sigla”, afirma Mussi.
Lideranças de Pelotas acompanham movimentos
Em Pelotas, o PSDB esteve à frente da prefeitura por três mandatos consecutivos: um com Eduardo e dois com Paula Mascarenhas. Atualmente, o partido tem dois representantes na Câmara de Vereadores.
Tauã Ney, em primeiro mandato, diz que está atento aos movimentos do partido mas que ainda não há definição sobre novos rumos. “Tenho conversado com outras siglas, mas vou estudar e analisar junto com a minha equipe os próximos passos”, disse.
Marisa Schwarzer, em seu segundo mandato, afirma que o PSDB continua existindo e que, no momento, não há janela para mudança de partido para vereadores. “Temos que aguardar os acontecimentos, se vai haver uma fusão e o que vai acontecer”, afirma.
Um dos principais nomes do PSDB na metade sul do Estado, o deputado Daniel Trzeciak reconhece que há uma tendência de migração de tucanos para o PSD. Ele afirma que “em breve, será o momento de cada um de nós optar pelo caminho” e não descarta acompanhar o governador no novo partido.
Paula Mascarenhas, que também é secretária de Relações Institucionais do Estado, afirma que a decisão de deixar o PSDB é individual e afirma que não pretende sair. “Sou presidente estadual do partido, acho que tenho uma responsabilidade institucional e moral”, afirma.
Em nota assinada por Paula, o PSDB do Rio Grande do Sul “lamenta profundamente a decisão do governador Eduardo Leite de se desfiliar do partido”. “Eduardo é fruto do PSDB e, desde o início de sua vida pública, esteve comprometido com os valores que construíram a história do partido e que seguem nos inspirando”, diz o texto.
