“Promete e cumpre, essa é a diferença”. Assim o vice-presidente do Guarany, Cleo Coelho, resume o trabalho realizado no clube de Bagé. Adversário do Brasil no grupo A8 da Série D, o Alvirrubro vai estrear em uma divisão do Campeonato Brasileiro. Em ascensão dentro e fora das quatro linhas, o Índio já tem calendário nacional garantido também para 2026 – conquista alcançada por meio do último Gauchão.
O discurso é de austeridade financeira em um projeto liderado pelo presidente Tato Moreira, raro caso de mandatário que recebe remuneração mensal. Em 2023, o Guarany estava na Série A-2 do Rio Grande do Sul. Na atual temporada, disputou pela primeira vez a Copa do Brasil e, em cotas da CBF, teve direito a R$ 1,83 milhão. Deste valor, R$ 1 milhão foi garantido após a vitória sobre o Altos (PI).
“Seriedade no trabalho, cumprir seus vencimentos em dia, que é uma obrigação, mas muitos clubes não fazem. Entrega uma alimentação sadia aos atletas, uma estrutura de estádio e vestiário compatível com o futebol de primeira linha. Um respeito mútuo no dia a dia de trabalho. A gente é muito próximo, acompanha o atleta em todos os sentidos, abraça os atletas e os familiares”, afirma Coelho.
O dirigente explica que a folha salarial no Gauchão girava em torno de R$ 480 mil, considerando os valores da moradia dos atletas. Para a Série D, há redução para aproximadamente R$ 260 mil. A cota milionária pelo avanço à segunda fase da Copa do Brasil, quando o Índio perdeu para o Athletico (PR), teve 30% (R$ 300 mil) destinados aos jogadores como premiação, e existe também uma pequena dedução tributária.
Em campo, base mantida
Sétimo colocado no Estadual, caindo na semifinal da Taça Farroupilha para o São Luiz, o Guarany segue sob o comando do técnico Márcio Nunes. Três titulares da campanha no Gauchão saíram. O zagueiro Fabão vai jogar a Série C pelo Ypiranga, enquanto o meio-campista Denis Germano, ex-Brasil, e o atacante Rogério Sena viraram adversários na chave A8 da Série D, transferindo-se respectivamente para São Luiz e Marcílio Dias.
A equipe, que fará um teste contra o Xavante neste sábado (12), também perdeu nomes como o zagueiro Zé Pedro, o meia Marllon (outros dois ex-Brasil) e o atacante Lucas Souza. Chegaram sete reforços, entre eles o volante Igor Silva, ex-dupla Bra-Pel, e os atacantes Márcio Jonatan, de passagens bem sucedidas pelo estádio Bento Freitas, e Emerson, que vestiu a camisa do Pelotas no Gauchão.
Enquanto atinge feitos inéditos dentro de campo, fora dele o clube do Estrela D’Alva segue realizando melhorias estruturais no estádio. Ainda não finalizada, a obra no vestiário visitante deve ser concluída nas primeiras rodadas da Série D. O Brasil atuará em Bagé na quinta rodada, em maio.
Agenda | Série D
Grupo A8
1ª rodada
19 ou 20 de abril
Brasil x Barra
Joinville x Guarany
São Luiz x Azuriz
Marcílio Dias x São José