Adversário direto do Brasil na briga contra rebaixamento, o Avenida entrará em campo neste sábado (15) podendo perder até por dois gols de diferença para garantir a permanência na elite do Campeonato Gaúcho pela quarta temporada seguida. Assim como no Bento Freitas, a semana de preparação nos Eucaliptos é de foco total na partida da última rodada do quadrangular.
“Preparação para uma decisão, não tem como ser diferente disso. É um jogo que pode sacramentar a nossa permanência. É um jogo que vale a nossa vida e a nossa preparação para a partida é total nesse sentido”, diz Guilherme Eich, assessor especial da presidência do clube de Santa Cruz do Sul.
Apesar do jogo ter peso de uma final, o dirigente do Periquito conta que a logística adotada será igual às outras partidas como visitante na competição, até pelo jogo acontecer à noite. Portanto, o Avenida deve realizar um último treino na manhã desta sexta-feira e logo depois inicia viagem para Pelotas.
Com a expectativa de Baixada lotada, Eich destaca a importância da questão mental na preparação para sua equipe conseguir o resultado necessário para manter o clube na elite.
“A gente sabe a pressão que é jogar no Bento Freitas, o que dirá em um jogo decisivo como esse, que vale a vida para um e a morte para o outro. Então é um jogo onde não só a parte técnica, mas a parte emocional precisa estar muito bem nesse momento para deixar o externo interferir o mínimo possível dentro da partida”, afirma o dirigente.
Este será o terceiro encontro no Gauchão entre Brasil e Avenida. As outras duas partidas foram disputadas em Santa Cruz do Sul. Pela última rodada da primeira fase, empate em 1 a 1. Dias depois, o confronto aconteceu pela primeira rodada do quadrangular com nova igualdade em 1 a 1.
Arbitragem
Nesta quinta a FGF divulgará a escala da arbitragem da partida decisiva no Bento Freitas. Guilherme Eich espera que Leandro Vuaden opte por um nome experiente pelo tamanho do jogo. Sobre a nota publicada pela direção xavante contestando a arbitragem contra o São José e os acontecimentos na reta final do jogo do Avenida diante do Pelotas, o dirigente prefere não comentar, apenas reforça que sua equipe mereceu o resultado.
“O Avenida ganhou no campo, é o que eu tenho para dizer. O Avenida ganhou porque foi melhor, é melhor e por isso ganhou a partida do último domingo, nada mais que isso”, completa.
O assessor da presidência do Avenida prefere elogiar a arbitragem gaúcha e torce que não seja um fator na partida contra o Brasil. “Nós temos uma bela equipe de arbitragem, o árbitro que for a Pelotas eu tenho certeza que vai desempenhar o seu melhor trabalho e a partir disso é dentro de campo que se resolve, quem merecer fica e quem merecer cai”.

Dirigente conversou com o A Hora do Sul (Foto: Bruno Pedry)
Impacto do rebaixamento
O Avenida ficou conhecido por ser um clube ioiô pela sequência de acessos e rebaixamentos, sem conseguir permanecer muitos anos na elite. Desde que subiu em 2022, o time de Santa Cruz do Sul não caiu mais. O dirigente do Nida espera que o retorno para a Série A-2 não seja agora. Além de descer de patamar no futebol estadual, ele comenta outros pontos negativos para ressaltar o tamanho deste jogo de sábado.
“O prejuízo é imensurável. O rebaixamento não é ruim, ele é trágico. O rebaixamento é a treva para o clube de futebol. Não é só a cota que tu perde, próximo de R$ 1 milhão. Mas muito além disso, tu perde totalmente o valor. Tu está inserido numa competição que tem pouquíssimo valor, não tem cobertura. […] Por isso tem que brigar com unhas e dentes para permanecer na primeira divisão”, complementa.