Filipi Cruz não costuma conceder entrevistas coletivas após os jogos, mas neste domingo (23) o executivo de futebol do Pelotas sentou-se à mesa na sala de imprensa ao lado do técnico Alessandro Telles. Pediu a palavra e falou em tom de forte cobrança. Um resumo do ambiente na Boca do Lobo depois de mais uma vitória encaminhada que escapou. Foi um roteiro conhecido: o time abriu dois gols sobre o Avenida, mas cedeu o empate em 2 a 2.
“Nós temos que ter mais hombridade dentro do processo e saber onde nós estamos errando. O que eu vou falar é forte, mas tem que tomar vergonha na cara”, afirmou o dirigente. Assim como havia ocorrido contra o São José, o Lobo vencia por 2 a 0 antes da primeira meia hora de jogo. Desta vez, Ruster e Cesinha marcaram. Os visitantes buscaram a igualdade com gols de Caíque Cálito e Michel.
Finalizadas duas de seis rodadas, a equipe azul e ouro está fora do Z-2 pelo critério dos gols marcados. Agora, Telles terá uma semana cheia até o Bra-Pel de domingo, às 19h. Um clássico que ganhou contornos ainda mais decisivos. Além disso, Vitinho, Cesinha e Ruster, que saíram com incômodos neste domingo, precisarão ser reavaliados. O camisa 10 não participou dos dois últimos treinos. Os atletas do Pelotas se reapresentam já na manhã de segunda-feira.
O resultado gerou vaias e protestos. Segundo Cruz, a cobrança começou no vestiário. O executivo compartilhou a responsabilidade, mas enfatizou o papel dos jogadores. “Tem coisas que não passam pela contratação. Passam pela decisão dentro de campo. E a decisão tem que ser deles, não tem que ser minha”, disse o dirigente.
Inteligência emocional
“A gente tem que ter inteligência emocional para entender quando está na frente e ter responsabilidade com o resultado. Quando se abre 2 a 0, tem que ter responsabilidade com o placar. Responsabilidade com o que a gente vem fazendo no campeonato todo. Os atletas têm que tomar a decisão, o professor está aqui para guiá-los e eles têm que entender o que está sendo pedido”, analisou Filipi Cruz.
Alessandro Telles destacou o fato de o ataque do Pelotas ter marcado seis gols em três partidas sob seu comando, mas também lembrou dos sete sofridos nesse mesmo recorte. O treinador reforçou o discurso do executivo, citando a inteligência emocional como um dos principais pontos que fizeram a equipe deixar o resultado escapar.
“Tínhamos um homem na sobra tanto por dentro quanto por fora, e acabamos cometendo o pênalti. Depois ficamos expostos em uma bola de transição, ganhando o jogo. Você não pode tomar a transição, tem que fazer a transição. São responsabilidades. Cada um tem que assumir as suas, e nós estamos aqui para assumir as nossas”, comentou Telles a respeito dos gols do Avenida.
Quadrangular do rebaixamento
2ª rodada
Sábado (22)
Brasil 2 x 3 São José
Domingo (23)
Pelotas 2 x 2 Avenida
3ª rodada
Domingo (2)
16h | Avenida x São José
19h | Pelotas x Brasil