O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, efetuou a prisão preventiva do ex-diretor administrativo e financeiro do Pronto Socorro de Pelotas, Misael da Cunha, na manhã desta sexta-feira (21).
O pedido de prisão preventiva é um desdobramento da primeira fase da operação, quando o Ministério Público denunciou Misael pelo desvio de R$ 258,3 mil. Inicialmente, o pedido do MP foi indeferido pela Justiça, mas acabou sendo aceito ontem por turma do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
O motivo do pedido de prisão preventiva é evitar o contato de Misael com outras testemunhas, que estariam sendo procuradas para combinar versões
Misael da Cunha foi preso em casa e está detido na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). O ex-diretor administrativo foi acusado pelo Ministério Público em agosto do ano passado. Na primeira fase da Operação Contágio que investiga o crime, o MP já havia pedido o bloqueio de bens, a reparação dos danos aos cofres públicos e que Misael não tenha contato com outras possíveis testemunhas do caso.
Relembre
Segundo o MP, ele desviou ao todo R$ 258,3 mil em 18 ocasiões, entre março de 2022 e fevereiro de 2024. Os valores foram usados para a confecção de móveis na casa de Misael e de seus pais e para a igreja com a qual tem vínculos. De acordo com a denúncia, as irregularidades envolvem contratos de portaria, construção e móveis planejados.
Ele teria desviado o dinheiro de duas formas: pagando móveis e bens usando a conta do PS e pagando a mais para fornecedores e recebendo o estorno em sua conta pessoal.