São Lourenço do Sul busca mais recursos para reconstrução da orla
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira30 de Janeiro de 2025

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São Lourenço do Sul busca mais recursos para reconstrução da orla

Nova planilha com os estragos da enchente de maio e planos de prevenção foi apresentada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa

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São Lourenço do Sul busca mais recursos para reconstrução da orla
Cidade foi uma das mais atingidas pela cheia da Lagoa dos Patos

Os R$ 592,5 mil do governo federal destinados a São Lourenço do Sul para a recuperação dos estragos causados pela enchente de maio de 2024 e definidos pela Defesa Civil Nacional não serão suficientes. A avaliação é do prefeito Zelmute Marten (PT), que participa em Porto Alegre de diversas reuniões com a equipe da Casa Civil, chefiada pelo ministro Rui Costa. A prefeitura apresentou na tarde de ontem ao secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Ronei Wolf, uma nova planilha com imagens aéreas da praia na tentativa de ampliar esses recursos.

O município tem oito propostas cadastradas, incluindo desde a reconstrução de partes da orla, construção de pontes, melhorias nas drenagens e proteção das margens que somam mais de R$ 17 milhões. “São projetos de prevenção e infraestrutura para os arroios São Lourenço, Carahá, e ainda solicitamos ao governo para que a Universidade Católica de Pelotas faça um plano de monitoramento da lagoa”. A atual maneira é através de leitura manual de réguas fixas em pontos estratégicos. Durante as inundações, em várias ocasiões se tornou inviável a chegada até a régua para fazer a leitura do nível da lagoa. Para o prefeito, é fundamental um sistema automatizado, mais confiável e que forneça informações mais completas sobre nível e precipitação.

“Desde a enchente, São Lourenço do Sul já recebeu R$ 117 milhões em antecipação de benefícios, auxílio reconstrução, apoio e crédito a empresas, ações para o município, saúde e educação”, frisa o prefeito. Para o chefe do Executivo, há um esforço compartilhado dos três entes para que o Rio Grande do Sul possa, além dos investimentos que já recebeu, avançar em obras, projetos de prevenção, de monitoramento e de enfrentamento aos eventos climáticos extremos.

Agenda

A primeira reunião do Conselho de Monitoramento das Ações e Obras para Reconstrução do Rio Grande do Sul, iniciada ontem pela manhã e com agenda até hoje à tarde, trata especialmente dos projetos para sistemas de contenção de cheias. O governo estadual apresentou a planilha de custos atualizada e, das ações de resiliência climática desenvolvidas pelo Plano Rio Grande, foram mais de R$ 6,7 bilhões em investimentos em todas as áreas.

No balanço de ações, o governador Eduardo Leite (PSDB) destacou que a Secretaria de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul estima um total de R$ 112 bilhões em investimentos para medidas adotadas ao longo prazo. Um exemplo são os R$ 6,5 bilhões da União, que através do Fundo de Apoio à Infraestrutura e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos (Firece) irá financiar a construção de sistemas de proteção de cheias, cujas obras serão geridas pelo governo do Estado, em parceria com os municípios envolvidos.

Rui Costa explica que os recursos do fundo estão em uma conta da Caixa Econômica Federal, como se o pagamento já estivesse sido feito. “100% desses recursos e seus rendimentos serão para obras estruturais do Rio Grande do Sul”, disse o ministro. Ele destaca que as obras devem ser integradas, pois não adianta ter um dique funcionando em uma cidade e em outra não. “As obras de maior porte serão iniciadas ano que vem”, anunciou.

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