A Câmara de Vereadores de Pelotas empossou, nesta terça-feira (31), a nova Mesa Diretora que comandará os trabalhos do Legislativo municipal em 2026. O ato formal de posse ocorreu ainda no último dia do ano para atender às exigências regimentais, enquanto a cerimônia solene está marcada para o dia 5 de janeiro, às 19h, no plenário da Câmara, com a presença de autoridades, convidados e da comunidade.
Eleito presidente da Casa, o vereador Michel Promove explicou que a antecipação do ato administrativo foi necessária em razão do regimento interno, que prevê que o presidente em exercício é quem dá posse à nova Mesa, sem a realização de sessão posterior no mesmo dia. “Para ficar tudo dentro da lei, respeitando o regimento interno e a Lei Orgânica do Município, realizamos hoje o ato legal e deixamos a solenidade simbólica para o dia 5”, afirmou.
Promove ressaltou que a posse marca o início do trabalho coletivo da Mesa Diretora, e não apenas da presidência. Além dele, compõem a Mesa os vereadores Marcelo Bagé (PL), como primeiro vice-presidente;Tauã Ney (PSDB) segundo vice-presidente; Paulo Coitinho (Cidadania), como primeiro secretário; e Arthur Halal (PP), como segundo secretário.
“É a posse da Mesa Diretora que vai conduzir os trabalhos da Casa. Por isso, organizamos um evento para reunir pessoas que fazem parte da nossa trajetória política e institucional”, destacou o novo presidente, convidando vereadores, familiares, amigos e a população para a solenidade.
Desafios e prioridades para 2026
Ao projetar o ano legislativo, Promove afirmou que a presidência da Câmara terá como marca a independência do Poder Legislativo, aliada ao diálogo com o Executivo. Segundo ele, temas como desemprego, educação, saneamento básico e responsabilidade fiscal estarão no centro dos debates. “Os poderes existem para resolver os problemas da população, não questões pessoais. A presidência precisa colocar o interesse coletivo acima de tudo”, enfatizou.
O presidente também adiantou que, apesar do recesso parlamentar em janeiro, a Câmara poderá ser convocada para sessões extraordinárias em caso de urgência. A partir de fevereiro, a agenda deve priorizar o equilíbrio financeiro e a definição clara de prioridades, considerando o orçamento municipal. “A demanda é maior do que a arrecadação prevista, o que exige técnica, habilidade e responsabilidade”, avaliou.
Balanço da gestão que se encerra
O vereador Carlos Júnior (PSD), que deixa a presidência da Câmara, fez uma avaliação positiva de sua gestão. Ele destacou o equilíbrio das contas, investimentos realizados e a aprovação de projetos considerados importantes para o município. “Encerramos o ano com todas as contas em dia e sem apontamentos do Ministério Público na área administrativa”, afirmou, agradecendo aos servidores e à equipe técnica do Legislativo.
Carlos Júnior lembrou ainda os desafios enfrentados ao longo do ano, como a transição de governo após duas décadas de PSDB na prefeitura, a polarização política e a condução de CPIs e comissões de ética. “Foi um ano de muito diálogo e respeito entre os poderes. Acredito que o Legislativo sai com um saldo positivo”, disse. Entre os avanços, citou o encaminhamento do edital de chamamento público para viabilizar uma sede própria para a Câmara, encerrando a histórica dependência de imóveis alugados.
