Com a proximidade das festas de fim de ano e o aumento do consumo de alimentos, surgem também as dúvidas sobre compra, preparo e armazenamento seguro da comida. Para orientar a população e prevenir problemas de saúde, a nutricionista da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas, Rosemeri Carvalho, trouxe dicas sobre cuidados básicos que vão desde a escolha dos produtos até a conservação adequada das sobras da ceia.
A Vigilância Sanitária realiza um trabalho de fiscalização de estabelecimentos que produzem e comercializam alimentos, como supermercados, padarias, restaurantes e indústrias. O foco principal é a higiene do local e do manipulador dos alimentos.
Quais os cuidados na hora de comprar e manipular os alimentos para a ceia?
O principal é prestar atenção aos locais onde se compra os alimentos. Se perceber que não está limpo ou organizado, acenda o alerta. Verifique se o local é fiscalizado pela Vigilância Sanitária e a procedência dos produtos, especialmente os de origem animal – como carne, queijo, presunto e maionese –, que precisam ter registro oficial.
Outro cuidado é a temperatura: produtos perecíveis não devem ficar por longos períodos em temperatura ambiente, seja antes, durante ou depois do preparo – especialmente em dias quentes. Quanto maior o tempo fora da refrigeração, maior o risco de contaminação. A higiene das mãos também é fundamental, bem como dos utensílios e panos de prato. O pano que entra em contato com carne crua e depois é usado para secar as mãos pode causar contaminação cruzada.
Também orientamos que, ao encontrar um produto em promoção, verifique a data de validade. Se comprar ingredientes com antecedência, podem vencer antes de serem usados.
Como devem ser guardados os alimentos que sobraram?
Assim que a ceia termina, o ideal é armazená-los imediatamente. No caso do peru, o recomendado é retirar a carne dos ossos e guardá-la em recipientes plásticos bem fechados. O mesmo vale para as tortas. Muitas levam ovos, merengue ou frutas, que são perecíveis. Por isso, todos os alimentos que sobraram devem ser devidamente armazenados sob refrigeração.
O que fazer ao comer em um alimento e passar mal?
Quando duas ou mais pessoas apresentam sintomas após consumir um mesmo alimento, caracteriza um surto alimentar. Nessas situações, realizamos um trabalho de investigação. Atuamos inclusive em eventos familiares. Isso é importante para identificar qual foi o alimento envolvido e se a contaminação ocorreu durante a manipulação ou se o alimento já foi adquirido contaminado. Por isso, é fundamental que as pessoas notifiquem a para evitar que outras situações semelhantes aconteçam. Ela pode ser feita por e-mail, telefone ou diretamente na Vigilância Sanitária e na Vigilância Epidemiológica.
