O Sindicato dos Servidores Federais em Educação de Pelotas e Capão do Leão (Asufpel) aprovou indicativo de greve, com início previsto para fevereiro de 2026. Segundo representantes da categoria, o movimento busca reivindicar o cumprimento pelo governo federal do acordo firmado em junho para a reestruturação da carreira dos servidores.
“Desde a assinatura do acordo, existem comissões dos representantes sindicais e do governo trabalhando na implementação, mas boa parte dessas pautas ou não avançou ou não avançou a contento”, afirma o coordenador de comunicação da Asufpel, Felipe Marques. A negociação trabalhista foi fechada após uma longa greve em 2024, que, em Pelotas, durou 100 dias.
“Resultou em um acordo que abordava assuntos como jornada de trabalho, regulamentação de escalas, racionalização de cargos, concurso para intérpretes de Libras, reajuste salarial, entre outros”, complementa. Além disso, a paralisação também protesta contra as medidas propostas na reforma administrativa. Segundo Marques, o texto ameaça a estabilidade da carreira dos servidores públicos.
“Basicamente, acaba com o serviço público, ameaçando a garantia de saúde, educação e segurança públicas para a população e transformando o que hoje é carreira em um grande cabide de empregos”, ressalta. O indicativo de greve acompanha o movimento da Fasubra, a federação sindical da categoria. Somente na UFPel, são mais de 1,2 mil servidores em educação.
