Patrono da Marinha nasceu em Rio Grande em 13 de dezembro

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Patrono da Marinha nasceu em Rio Grande em 13 de dezembro

Por

Há 218 anos

Um dos emblemáticos personagens da história militar brasileira, Joaquim Marques Lisboa, Almirante Tamandaré, nasceu no município de Rio Grande, em 13 de outubro de 1807.  Patrono da Marinha do Brasil e figura inscrita no Livro dos Heróis da Pátria, o rio-grandino, que morreu aos 90 anos, construiu uma trajetória de quase seis décadas de serviço à Armada Imperial, marcada por participação decisiva em conflitos internos e externos.

Voluntário desde os 15 anos, Tamandaré destacou-se precocemente. Sua carreira atravessou transformações profundas do país — da condição de colônia ao Império e, depois, à República. Atuou na Guerra da Independência, perseguindo a esquadra portuguesa até próximo ao Tejo, e, aos 19 anos, recebeu o seu primeiro comando durante a Guerra da Cisplatina. No cenário internacional, liderou forças navais brasileiras na intervenção no Uruguai, exercendo também papel diplomático. Como almirante, comandou a esquadra aliada na Guerra do Paraguai em operações decisivas na Bacia do Prata.

Lealdade ao imperador

(Foto: Reprodução)

Com a Proclamação da República, em 1889, manteve lealdade ao imperador Pedro II e chegou a solicitar autorização para reagir ao movimento, pedido negado pelo monarca. Reformou-se em janeiro de 1890, encerrando quase 60 anos de serviço. Hoje, seu nome permanece associado à tradição naval brasileira, emprestando identidade a navios e instituições da Marinha.

Origem

Filho do português Francisco Marques Lisboa e de Eufrásia Joaquina de Azevedo Lima, natural de Viamão, Tamandaré cresceu em ambiente propício à vida marítima. Em 1813, fez sua primeira viagem ao Rio de Janeiro, onde permaneceu para concluir os estudos, iniciando ali o percurso que o tornaria uma das maiores figuras da história naval do país. O gaúcho morreu em 20 de março de 1897, no Rio de Janeiro.

Fonte: wikipedia.org; ebiografia.com

Há 50 anos

A imprensa local lembrou dos sete anos do AI-5 no Brasil

(Foto: Reprodução)

“Vigília contra a corrupção.” Dessa forma foi caracterizado o  Ato Institucional nº 5, pela imprensa local, ao lembrar os cinco anos da instauração da medida, que tentou silenciar o país. O apêndice da emenda constitucional número 1, posteriormente editada pela Junta Militar, fol o desfecho de uma crise política alicerçada nos crescentes movimentos populares contra a ditadura militar e que culminou com um discurso do, então, deputado Márcio Moreira Alves (na época membro do PMDB), considerado atentatório às Forças Armadas. Alves  irritou as autoridades militares, ao chamar o Exército Brasileiro de “valhacouto de torturadores”.

Como a Câmara dos Deputados se negou autorização ao governo para processar criminalmente o deputado federal. “As circunstâncias que, há sete anos, deram origem ao AI-5 estão se diluindo, mas a permanência é necessária para garantir o aprimoramento democrático”, disse na época, o deputado mineiro José Bonifácio, da Arena, líder do governo na Câmara.

Na história

Na noite de 13 de dezembro de 1968, o regime militar brasileiro instaurou o Ato Institucional nº 5, o mais duro golpe contra as liberdades civis desde 1964. O AI-5 suspendeu garantias constitucionais, autorizou o fechamento do Congresso, cassações sumárias, intervenções em estados e municípios e ampliou o poder repressivo sobre qualquer forma de dissenso.

A censura tornou-se regra nas redações, nos palcos e nas universidades, enquanto prisões arbitrárias, perseguições políticas e torturas passaram a integrar o cotidiano da repressão. Para muitos brasileiros, o ato marcou o início de um longo período de silêncio imposto e medo disseminado.

Somente dez anos depois, em 13 de outubro de 1978, o presidente militar Ernesto Geisel, por meio da Emenda Constitucional nº 11, revogou os atos institucionais contrários à Constituição, marcando um passo crucial na abertura política que levou à redemocratização do Brasil.

Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org

Acompanhe
nossas
redes sociais