Associação Comercial sedia 1º Seminário Nacional do Pêssego

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Associação Comercial sedia 1º Seminário Nacional do Pêssego

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A direção da Associação Comercial de Pelotas organizava, em 12 de dezembro de 1963, os últimos detalhes para o 1º Seminário Nacional da Produção, Industrialização e Comercialização do Pêssego. O evento, promovido pela Secretaria de Agricultura do Estado, aconteceu nos dias 13 e 14, no oitavo andar da sede da ACP.

O seminário visa ao exame dos problemas relacionados à produção da fruta, desde a produção, passando pelo melhoramento genético, até a chegada ao consumidor, in natura ou industrializado. O evento contou com a presença de representantes de diferentes entidades e empresas agrícolas, industriais e comerciais. As comissões técnicas contaram com mais de 20 trabalhos.

Presenças ilustres

A cerimônia de abertura foi presidida pelo engenheiro agrônomo Adolfo Antônio Fetter, na época titular da pasta e interino da Economia, representando o governo do Estado. A abertura contou com a presença de Leocádio Antunes, embaixador do Brasil, junto à Associação Latino-Americana de Livre Comércio. (Alalc), entre outras autoridades. A entidade foi criada em 1960, com o objetivo de estabelecer uma zona de livre comércio na América Latina, porém foi encerrada na década de 1980.

Na época, o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Pêssego, Waldemar Fischer, pediu durante a abertura providências oficiais para a solução dos problemas que seriam levantados.

Na história de Pelotas

O pêssego não é uma fruta típica da região de Pelotas. De origem asiática, chegou à Serra dos Tapes pelas mãos dos europeus aqui instalados e foi facilmente adaptada. “Num desses acontecimentos que une biologia, história e cultura, o pêssego é, até os dias de hoje, uma fruta central para as tradições doceiras locais. É certo que desde os primórdios do século 19 a cultura do pêssego já havia sido introduzida em Pelotas, uma vez que o botânico Auguste Saint-Hilaire em seu Voyage à Rio Grande do Sul (Brésil) 1820-1821 descreveu pomares dessa fruta na cidade”, descreve pesquisa do Museu do Doce da Universidade Federal de Pelotas.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; site https://wp.ufpel.edu.br/museudodoce/

Há 50 anos

Feriado para celebrar o dia de Santa Luzia

(Foto: Divulgação)

A comunidade de Capão do Leão parou no 13 de dezembro de 1975, um feriado, para celebrar o dia consagrado a Santa Luzia, padroeira dos trabalhadores nas pedreiras. A comemoração foi marcada por diferentes manifestações de fé e cultura religiosa, na época.

Na década de 1940 foi construída no município a Capela de Santa Luzia, no Cerro do Estado. A igreja pertence à Superintendência do Porto de Rio Grande, e não à diocese.

Na época, trabalhadores das pedreiras constantemente tinham problemas nos olhos e alguns até perderam visão, por causa de acidentes de trabalho. A iniciativa da construção foi de um administrador da época, que era devota da Santa protetora dos olhos.

Na data

A inauguração aconteceu no dia 13 de dezembro de 1947, data alusiva à Santa Luzia. De acordo com o microblog Urban Explorer Project, os bancos e o altar foram feitos de madeira, sem o uso de pregos.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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