O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Estatística do Registro Civil 2024, que reúne informações sobre natalidade, mortalidade, nupcialidade e divórcios em todo o país. Em Pelotas, os números mostram uma queda de 10,7% no total de nascimentos e um aumento de 5,7% no número de óbitos, que passaram a superar os registros de nascidos vivos.
Em 2023, o município contabilizou 3.338 nascidos vivos e 3.207 óbitos, mantendo um saldo natural positivo de 131 pessoas. Já em 2024, o número de nascimentos caiu para 2.981, enquanto as mortes subiram para 3.389, resultando em um saldo negativo de 408 habitantes. A redução da natalidade e o aumento da mortalidade reforçam a tendência de inversão do crescimento natural da população.
Apesar desse cenário, o número de casamentos permaneceu praticamente estável, com 1.163 registros em 2023 e 1.161 em 2024, o que representa uma variação negativa de apenas 0,17%. Os divórcios, por sua vez, apresentaram leve queda, passando de 558 em 2023 para 513 em 2024, uma redução de aproximadamente 8%.
De 2015 até 2024

(Foto: Jô Folha)
A análise da série histórica mostra uma queda contínua no número de nascidos vivos em Pelotas. Em 2015, foram registrados 4.446 nascimentos, total que caiu para 2.981 em 2024, o que representa uma redução de cerca de 33% ao longo do período.
O número de óbitos se manteve relativamente estável nos últimos anos, com oscilações pontuais. O maior registro ocorreu em 2021, com 3.950 mortes, o que chama atenção e pode estar relacionado com o ponto mais crítico da pandemia da Covid-19. Nos anos seguintes, os números voltaram a patamares inferiores, embora permaneçam superiores aos de meados da década passada.
Os casamentos também apresentaram tendência de queda. Em 2015, foram 1.354 registros, número que recuou para 1.161 em 2024, com destaque para a queda acentuada em 2020, quando houve 834 casamentos – também período de pandemia. O número não voltou ao patamar anterior, o que sugere que o casamento formal perdeu força.
Já os divórcios se mantiveram em patamar elevado ao longo de toda a série, variando entre cerca de 450 e 550 registros por ano. Em todos os anos analisados, a maior parte dos divórcios ocorreu em casamentos sob o regime de comunhão parcial de bens.
