O ciclone extratropical que atuou com maior intensidade entre o fim da tarde e a noite de terça-feira (9) deixou um acumulado médio de 120 milímetros de chuva em Pelotas no período de 24 horas. Os dados são do Sanep e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O bairro Simões Lopes registrou o maior volume, com 163 milímetros. Segundo a Secretaria da Defesa Civil, não houve moradores desalojados.
Equipes da Prefeitura e do Sanep atuam desde as primeiras horas desta quarta-feira na avaliação dos impactos. De acordo com o secretário da Defesa Civil, Milton Martins, nas últimas 12 horas o volume chegou a 80 milímetros, o que provocou alagamentos pontuais em áreas como a avenida Fernando Osório e o bairro Areal. As sete casas de bombas — Anglo, Castilho, Doquinhas, Farroupilha, Leste, Olvebra e Pontal da Barra — operam no limite para dar vazão às águas.
Além dos pontos de acúmulo, o temporal também provocou quedas de árvores. Martins explica que o momento de maior intensidade dos ventos ocorreu próximo à meia-noite, como previsto pelos alertas meteorológicos, mas sem registros de danos graves.
O abastecimento de água teve interrupções. A Estação de Tratamento de Água (ETA) Moreira, responsável por parte do atendimento ao Fragata, precisou ser desligada durante a madrugada devido ao avanço do arroio sobre o ponto de captação. O sistema foi retomado às 8h, após a baixa do manancial. Já a ETA Quilombo, que atende a zona rural, permanece sem energia elétrica, e o acesso ao local está prejudicado. Na região, o acumulado chegou a 130 milímetros em sete horas.
Estradas e pontes do interior também foram afetadas, entre elas a Estrada da Vila Nova, no 7º Distrito. A Defesa Civil orienta que a população comunique ocorrências pelo telefone (53) 99700-7575.