Há 45 anos
A modificação da lei 1.166, que tratava do enquadramento sindical rural, foi a principal reivindicação dos trabalhadores rurais durante o encontro que mantiveram com o ministro do Trabalho, Murilo Macedo, que estava em visita a Pelotas, na primeira semana de dezembro de 1980. O encontro com os 800 trabalhadores e dirigentes sindicais de toda a Zona Sul do Estado ocorreu no dia 1º, no auditório da rádio Cultura.
Macedo chegou a Pelotas acompanhado pelo deputado Carlos Alberto Chiarelli, que, na época, foi o responsável pela vinda do gestor público ao município. A visita também foi presenciada pelo presidente regional do extinto PDS, deputado Victor Faccioni, do secretário do Trabalho e Ação Social, Augusto Trein, do deputado Valmir Susin, do mesmo partido de Faccioni, entre outras autoridades.
Partido e jantar
No diretório do partido Democrático Social, Macedo falou com líderes partidários locais e em seguida foi para o Sindicato dos Portuários. No mesmo dia, o ministro ainda participou, no antigo Tourist Parque Hotel, da homenagem ao industrial do ano, Antônio Oliveira, durante um jantar de confraternização. Mas os empresários locais, representados por dirigentes do Centro das Indústrias e da Associação Comercial de Pelotas não perderam a oportunidade de também apresentarem suas demandas.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 100 anos
Theatro Sete de Abril recebe a cantora de ópera Olga Pereira

Olga foi elogiada pela crítica (Foto: Reprodução)
“A senhora Olga Pereira, possui uma admirável voz de soprano, fresca e sadia percorrendo sem esforço um registro ‘extensioníssimo’ que excede ao comum das vozes desse gênero.” Essa análise do crítico de arte do jornal Correio do Povo, publicada em abril de 1925, foi lembrada durante a passagem da cantora em Pelotas, em dezembro do mesmo ano.
Olga se apresentou no Theatro Sete de Abril no dia 5, mobilizando os apreciadores da ópera. No programa estavam composições de Alberto Nepomuceno, Osório Duque Estrada, J. Araujo Vianna e Mozart. A artista foi acompanhada pelo maestro Ângelo Celega.
A soprano ainda foi elogiada pelo jornal A Federação: “Dotada de uma voz primorosa, de um timbre aveludado e macio, guardando na sonoridade … o seu registro é bem o de soprano, embora haja nos seus graves, qualquer coisa de um ‘mezzo’. Os seus altos subam ao extremo dos agudos com toda a facilidade”, descreveu o articulista.
Fonte: Acervo BPP
Há 65 anos
Diretor-geral do DNER promete entregar a ponte sobre o canal São Gonçalo em abril

Travessia ligou Pelotas a Rio Grande a partir de 62 (Foto: Reprodução)
O engenheiro Pires de Sá, diretor-geral do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, em Brasília, prometeu para abril de 1961 a entrega da ponte sobre o canal São Gonçalo, que ligaria Pelotas a Rio Grande. Na época havia uma grande expectativa em torno da finalização. A ligação seca entre os municípios era vista como decisiva para acabar com um dos principais problemas para o escoamento das safras de cereais da Zona Sul do Estado.
Interdição em 74
A ponte inaugurada em 1962 interligava as cidades de Pelotas a Rio Grande, até 1974, quando foi interditada e condenada. O intenso tráfego de caminhões, cada vez mais pesados, rumo Superporto de Rio Grande, passaram a ultrapassar a carga máxima permitida àquela ponte, que aceitaria veículos de 36 toneladas. O excesso de peso causou fissuras na estrutura. A estrutura teve que ser reforçada e ao mesmo tempo a carga máxima foi limitada a veículos de 24 toneladas.
A medida causou prejuízo ao escoamento da safra de 74. Para contornar a situação, foi montada uma operação envolvendo a Rede Ferroviária Federal, que começou a fazer a travessia de caminhões de alta tonelagem via ferroviária.
Como solução definitiva, o DNER providenciou a construção de uma segunda ponte ao lado da existente. A Léo Guedes foi inaugurada em 1975 e continua em funcionamento até hoje.