Pelotas registra aumento nas vagas temporárias de fim de ano

movimentação no comércio

Pelotas registra aumento nas vagas temporárias de fim de ano

Crescimento é impulsionado por demanda do fim de ano, safra e reposição de equipes

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Pelotas registra aumento nas vagas temporárias de fim de ano
(Foto: Jô Folha)

O final do ano é um período que gera grande movimentação no comércio e nas indústrias. Alinhado a isso, surgem as vagas temporárias como uma forma de garantir agilidade no atendimento e acompanhar o aumento nas vendas. De acordo com o Sindicato dos Dirigentes Lojistas (Sindilojas) de Pelotas, a estimativa é de que esse tipo de contratação atinja 504 trabalhadores temporários.

Segundo o presidente do Sindilojas, Renzo Antonioli, as vagas temporárias no comércio ainda estão sendo preenchidas. Elas abrangem vários setores, como vendas, estoque, caixa e reposição, entre outros. A expectativa é de que o número de contratados seja maior do que o do ano passado: em 2024 foram 440 vagas temporárias, contra 504 previstas para este ano – um crescimento de aproximadamente 14,5%. “Consideramos que esse aumento significativo se deu em função de algumas empresas já estarem defasadas no número de colaboradores”, explica.

Já o Sine de Pelotas aponta para 750 vagas temporárias distribuídas em diversos setores, sendo muitas delas oportunidades para safristas e na área da indústria. O cargo com mais ofertas na área da safra é o de auxiliar de produção, com duração de aproximadamente 90 dias. “Ao longo do ano, as empresas têm preferência por efetivos. Somente neste período de safra é que os empresários buscam por temporários”, afirma Evanir Barz, coordenadora da Agência FGTAS/Sine de Pelotas.

No comércio, a lógica é semelhante. No entanto, Antonioli destaca que alguns lojistas aproveitam esse período para observar o desempenho dos temporários, o que pode gerar contratações efetivas. Segundo ele, a taxa de efetivação gira em torno de 10% a 15%.

Quanto à duração dos contratos temporários, o presidente informa que ela varia conforme o setor. “As empresas que trabalham com a volta às aulas ficam até março com alguns temporários. Outras utilizam o período para cobrir férias de verão dos funcionários, o que faz com que permaneçam empregados até fevereiro”, explica.

Oportunidades materializadas

Com a chegada do Natal, a loja de chocolates onde Tatiele Oliveira é gerente já conta com duas funcionárias temporárias – e deve abrir mais três vagas. “Até o meio da semana chega mais uma e, a partir do dia 20, teremos mais duas estagiárias”, conta. Ao todo, serão contratadas duas operadoras de caixa e três vendedoras, com possibilidade de efetivação. “Duas pessoas vão ficar conosco, até porque logo em seguida já vem a Páscoa. Aí a gente já entra no embalo com elas”, afirma.

Para a gerente, as contratações de fim de ano são fundamentais para o pleno funcionamento da loja e, principalmente, para a redução das filas. “Para nós, o que é bem importante é a agilidade e o comprometimento com a empresa. Quanto melhores e mais ágeis forem as meninas e os atendimentos, menor é a fila que fica ali na rua”, ressalta.

Entre as temporárias da loja está Litiele Santos, contratada há uma semana como atendente de caixa. Ela conta que estava desempregada e enfrentou dificuldades na busca por oportunidades no mercado de trabalho. “Estava há uns quatro meses procurando e não conseguia emprego. Está bem complicado e, depois que começa o ano, fica ainda mais difícil, porque é quando diminuem as contratações”, relata.

Apesar das dificuldades, ela não desistiu e continuou buscando uma chance. “Eu vi a vaga em um anúncio nas redes sociais. Mandei meu currículo e recebi uma resposta rápida. Fiz a entrevista e fui contratada no mesmo dia. Depois, fiz o treinamento e, desde então, estou aqui. O emprego veio em boa hora, eu estava precisando muito”, conta, sorrindo.

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