Locomotiva passa pela primeira vez pelo leito dos trilhos às margens do rio Piratini

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Locomotiva passa pela primeira vez pelo leito dos trilhos às margens do rio Piratini

Por

Há 141 anos

O apito de uma locomotiva rompeu pela primeira vez o silêncio das margens do rio Piratini, em 2 de dezembro de 1884, relembra o pesquisador José Eugênio Perez, o seu Juca do Basílio, como é carinhosamente conhecido em Pedro Osório, onde reside. A inauguração da Estação Piratini – marco inicial da ocupação ferroviária na região onde hoje está o município de Cerrito. O prédio, erguido em um terreno doado por José Bernabé de Souza, o lendário “Coronel Tutuca”, simbolizava o avanço da ferrovia e o início de uma nova dinâmica econômica e social no extremo sul.

A data da inauguração não foi casual. O 2 de dezembro foi escolhido em homenagem ao aniversário de Dom Pedro II. O gesto revelava o contexto político e simbólico que envolvia a expansão ferroviária do Império. A novidade marcou definitivamente a ligação de Rio Grande e Pelotas a Bagé.

Poucos anos depois, uma segunda estação seria construída na localidade de Maria Gomes, hoje Pedro Osório. É comum, ainda, que moradores imaginem que a estação pedrosoriense, onde hoje funciona a Prefeitura Municipal, seja mais antiga que a de Cerrito. Mas a história mostra o inverso.

Nomes trocados

De acordo com Juca do Basílio, com o passar do tempo, os nomes das estações foram trocados: a primeira, situada na margem norte do rio Piratini, passou a ser oficialmente Estação Cerrito; a segunda, na margem sul, assumiu o nome de Estação Piratini – Maria Gomes. A mudança, embora administrativa, ainda provoca confusão entre gerações.

O prédio histórico da primeira estação serviu por muitos anos como sede da Câmara de Vereadores de Cerrito, preservando parte da memória ferroviária da região. Já a imagem da locomotiva cruzando o Rio Piratini naquele 2 de dezembro de 1884 — registro histórico compartilhado por Juca do Basílio,  permanece como símbolo de um território que cresceu embalado pelos trilhos.

Há 65 anos

Bandeirante pelotense vai aos Estados Unidos

Em visita a Pelotas, a chefe-geral do movimento Bandeirante no Brasil, Rosita Sampaio Baiana, trouxe um convite especial à pelotense Terezinha Silveira, aprofundar conhecimentos nesta organização educativa, nos Estados Unidos.

A comunicação foi oficializada em cerimônia realizada no município. Terezinha Silveira teve sua dedicação e seu desempenho reconhecidos, com uma bolsa de estudos.

No dia 1.º de janeiro de 1961, além da pelotense, mais 11 jovens brasileiras partiriam para a jornada de estudos. As bandeirantes deveriam permanecer nos Estados Unidos por cerca de três meses.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 45 anos

Companhia leva eletricidade a novos moradores de Pelotas

(Foto: Reprodução)

Depois de muitos pedidos, a antiga Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) estava estendendo a rede elétrica ao Corredor do Pestano. A empresa estatal, que começou o trabalho em novembro de 1980, prometia a ligação à rede elétrica para 350 famílias, antes do Natal daquele ano.

Durante o processo de implantação da rede, o presidente da Companhia, engenheiro Cláudio Fernandes Barbosa, veio a Pelotas acompanhar o processo. Junto com ele, estavam o deputado Érico Pegoraro, o presidente do PDS local, Ayres de Jesus, e funcionários. O investimento de 2,1 milhões de cruzeiros foi aplicado na construção de cinco quilômetros de redes de alta e baixa tensão.

No Jardim América também

Além do Corredor do Pestano, a Companhia trabalhava no bairro Jardim América e no Loteamento Princesa. Nestes locais haviam sido concluídas obras de eletrificação para o atendimento a 219 novos consumidores.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

Acompanhe
nossas
redes sociais