Presença de ídolos no vestiário conduz Brasil em disputa por título

Figuras marcantes

Presença de ídolos no vestiário conduz Brasil em disputa por título

Ao lado de Gilson Maciel, Hélio Vieira e Bira lideram o departamento de futebol na reta final da Copinha

Por

Presença de ídolos no vestiário conduz Brasil em disputa por título

Em meio à transformação administrativa, o Brasil vive na Copa Professor Ruy Carlos Ostermann a possibilidade de conquistar seu primeiro título no formato vigente do torneio da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) no que serão os últimos jogos antes da concretização da SAF do clube. Nesse contexto, marcado também por várias baixas de atletas, o Xavante conta com a presença de ícones da história da instituição como pilares do elenco.

O gerente de futebol Hélio Vieira e o vice-presidente das categorias de base, Bira Souza, foram os únicos representantes da direção rubro-negra na delegação que viajou a Passo Fundo para a partida de volta da semifinal contra o Gaúcho. E o vídeo publicado pelo clube nas redes sociais deixa claro o papel dos ídolos no vestiário – duas figuras marcantes que atuam ao lado de outro ex-atleta com peso para o Brasil, o técnico Gilson Maciel.

Artilheiro na campanha que culminou no terceiro lugar no Brasileirão de 1985 e autor de um dos gols da vitória sobre o Flamengo, Bira se emocionou em discurso após a classificação à decisão para enfrentar o Aimoré. “Eu vivo e sofro essa m* todos os dias por vocês. Quando esse cara veio para cá [Gilson], a gente virou a mesa”, destacou o ex-centroavante, cria da base xavante.

Hélio é outro atleta formado nas categorias inferiores do Rubro-Negro e aparecia igualmente como titular no maior feito do Brasil em nível nacional. Anos mais tarde, já na década de 90, dividiu vestiário com o também ex-centroavante Gilson Maciel. O hoje treinador anotou gol em todos os clássicos Bra-Pel que disputou, por exemplo, e não esconde a felicidade por ter retornado.

“Eu tenho uma energia muito louca com o Brasil. A minha vida mudou como atleta quando passei pelo Brasil. Hoje tenho a oportunidade de estar em uma final representando a camisa do Brasil. Eu sempre quis treinar o Brasil. Chego a me arrepiar”, afirmou o comandante depois do triunfo nos pênaltis no domingo

“Agentes facilitadores”

Desde o retorno à Baixada, em agosto, Hélio Vieira tem atuado também como uma espécie de porta-voz do clube. O gerente de futebol conversou com a Rádio Pelotense 99,5 FM ontem e reforçou um discurso dado no vestiário da Arena Be8 após o resultado positivo contra o Gaúcho.

“Salientei a valentia e o mérito que esse grupo teve. Passou várias dificuldades dentro da competição. Perdemos jogadores importantes por vários motivos. Sempre esse mesmo grupo, embora não tenha um número muito grande de atletas, nos ofereceu alternativas e soluções para os problemas”, disse o ex-zagueiro.

Para Hélio, a presença de figuras identificadas e capazes de transmitir “experiências e características do Brasil” aos jogadores é essencial. “Somos agentes facilitadores das ações do técnico, intermediários entre comissão e direção. Temos uma atuação direta dentro do vestiário, uma proximidade com os atletas que facilita o trabalho de todos”.

Para contar a história no futuro

Também em Passo Fundo, misturando os papéis de torcedor e dirigente, Bira destacou a oportunidade que o atual plantel tem de se colocar na história xavante.

“Eu tinha certeza de que isso ia acontecer [chegada na final]. Se eu me emociono com esse escudo, peço para vocês: por favor, vivam isso intensamente. Amanhã vocês podem estar aqui no meu lugar, contando essa história. Para ficar na história desse clube, tem que ser assim”, afirmou.

Viagem a São Leopoldo

A delegação do Brasil viaja nesta quarta-feira às 13h rumo a São Leopoldo, onde dorme para ir a campo na quinta no estádio Cristo Rei, às 19h, abrindo a decisão da Copinha diante do Aimoré. Murilo retorna de suspensão. Lesionado, Alan deve seguir fora.

Acompanhe
nossas
redes sociais