O Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto, em Pelotas, foi vendido pela administradora Motiva, ex-CCR, para uma empresa mexicana. O acordo foi fechado nesta semana e engloba outros 16 aeroportos brasileiros e três terminais no exterior, que são de responsabilidade da empresa. O montante do negócio é de R$ 11,5 bilhões e ainda pode ser revisto.
A Aeropuerto de Cancún, subsidiária do grupo Asur, pagará R$ 5 bilhões em participações acionárias e assumirá R$ 6,5 bilhões em dívidas líquidas. Ainda não há informações de quanto equivale a parcela pela compra do Aeroporto de Pelotas, se haverá troca de nome ou impacto no número de funcionários.
A conclusão do negócio ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), bem como de credores, além das aprovações de órgãos reguladores nos países onde a Motiva atua.
De acordo com a assessoria de imprensa do aeroporto, a única certeza, até o momento, é que a mudança não é imediata e que a Motiva continua como administradora do Aeroporto de Pelotas pelos próximos meses, em processo de transição.
Ao todo, somando os ativos no exterior, o movimento dos aeroportos da Motiva atinge 45 milhões de passageiros anuais e 200 rotas regulares da aviação comercial.
Em nota, a Motiva afirma que a transação está alinhada com o Plano Estratégico da empresa, viabilizando destravamento de valor e simplificação do seu portfólio, e conferindo maior flexibilidade estratégica para um crescimento rentável e seletivo nos segmentos de rodovias e trilhos no Brasil.
Nos últimos meses, a Motiva focou em leilões de rodovias e venceu certames como o Lote 3 das Rodovias do Paraná, a Rota Sorocabana e a repactuação contratual da BR-163 em Mato Grosso do Sul.
