Após cinco anos de portas fechadas, o Museu da Baronesa, um dos mais importantes patrimônios de Pelotas, se prepara para receber novamente o público. Com as grandes obras de restauro estrutural concluídas, a expectativa é que o icônico prédio pelotense reabra no início de 2026.
A Diretora de Memória e Patrimônio da Secretaria de Cultura (Secult), Simone Delanoy, detalha que os trabalhos internos estão na reta final. No momento, o foco se detém às instalações técnicas e na preparação do acervo, embora o museu enfrente o desafio final de cumprir exigências de segurança e montar a equipe de trabalho.
O Museu da Baronesa está sem receber visitantes desde 2020, quando foi inicialmente fechado devido à pandemia, passando por obras de recuperação estrutural iniciadas em 2022. A primeira fase de restauro teve um investimento de R$ 1,8 milhão através do edital do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), e foi concluída em dezembro de 2024.
A obra de restauro físico incluiu fachadas, cobertura e pisos, conforme detalha Simone. “O imóvel estava em condições bem precárias, com muitas goteiras, e essas goteiras eram uma ameaça muito grande ao próprio acervo.”
Falta o PPCI
Atualmente, o foco da Secretaria de Cultura está na conclusão das etapas finais de adequação e segurança. O principal entrave é a liberação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), o último item de obras necessário para que o museu possa funcionar legalmente. A previsão é que a execução do plano seja finalizada até dezembro.
Outras pendências
Além disso, equipes da Secult têm realizado a manutenção e reparos do mobiliário e acervo, que está sendo restaurado internamente, e finalizado a instalação de luminárias novas e adequadas para exposições. A próxima etapa crucial é a contratação de pessoal (guias, bilheteria, vigilância, limpeza), dependendo de recursos municipais.
A expectativa, segundo a gestão municipal, é que a data oficial de reabertura seja definida logo após a aprovação do PPCI, mirando o início de 2026.
História
Instalado na antiga Chácara dos Barões de Três Serros – construída em 1864 para o casal Aníbal Antunes Maciel e Amélia Hartley de Britto –, o Museu da Baronesa foi fundado em 1982 e abriga um acervo de objetos originais da família e de colecionadores locais.
