Pessoas. Rituais. Valores. Propósito. Ações. Essas são as cinco palavras mais citadas quando perguntamos o que é cultura. Mas é preciso cuidado com a nuvem de princípios rasos que romantiza o conceito, afastando-o do negócio e dificultando enxergar seu impacto real.
Não me entenda mal: todos esses elementos fazem parte do “fazer cultura”, mas são parte, não o todo. Para gerar resultado, precisam estar alinhados à estratégia da empresa e àquilo que fortalece, na prática, os resultados e as pessoas.
Peter Drucker dizia que “a cultura come a estratégia no café da manhã”. Discordo um pouco: o que realmente muda o jogo é ter clareza da estratégia para fazer uma gestão de cultura intencional.
Explico: os artefatos culturais e os investimentos de tempo, dinheiro ou energia só fazem sentido se, ao final do dia, impulsionarem o sucesso da empresa e o desenvolvimento das pessoas para chegar até lá.
Se tenho rituais, que sirvam para que as pessoas saiam do outro lado mais felizes e conectadas ao propósito da organização.
Se entrego presentes, que façam sentido para quem recebe — e deixem boas memórias no cotidiano.
Se comunico a marca empregadora, que ela dialogue genuinamente com o público certo, olhando para o futuro organizacional e seus desafios.
Cultura não é sobre estar “certo” ou “errado”, mas sobre valorizar os comportamentos que sustentam os resultados.
No fim, cultura não é o que está escrito nas paredes. É o que se vive, decide e pratica todos os dias.