“Vamos buscar a vitória a todo custo”

Boca do Lobo

“Vamos buscar a vitória a todo custo”

Artilheiro da Copinha, Cristiano fala da expectativa para o seu primeiro Bra-Pel, conta experiências na carreira e deixa aberta a possibilidade de seguir no Pelotas para 2026

Por

Atualizado quinta-feira,
30 de Outubro de 2025 às 00:05

“Vamos buscar a vitória a todo custo”
Camisa 9 comemorando um dos seus quatro gols contra o Juventude (Foto: Jô Folha)

Após cinco jogos na Copa Professor Ruy Carlos Ostermann pelo Pelotas, o centroavante Cristiano já mostrou sua importância ao marcar cinco gols e participar de vários outros, de forma direta e indireta. O camisa 9 é a grande esperança do torcedor áureo-cerúleo para o Bra-Pel do próximo domingo, às 16h, no Bento Freitas.

O atacante vem de uma atuação de destaque, quando marcou quatro gols na vitória sobre o Juventude, um feito inédito em sua carreira. Ele conta que, pelo regulamento da competição, não pôde ficar com a bola de recordação, algo tradicional no futebol europeu.

“A gente não sabia como eles [Juventude] iriam vir. Teve a notícia de que tinham baixado alguns atletas do profissional, e isso também valoriza o trabalho que estamos fazendo durante a competição. […] Tive uma tarde muito feliz, pude fazer os quatro gols e participar de outros, mas vale destacar também a coletividade da equipe”, relembrou o centroavante em entrevista à Rádio Pelotense 99.5 FM.

Cristiano vive a expectativa de disputar o seu primeiro Bra-Pel. Aos 26 anos, ele carrega a experiência de já ter enfrentado o Fortaleza pelo Ceará nas categorias de base, inclusive marcando um gol no Clássico-Rei de 2019, válido pela Copa Fares Lopes, competição equivalente à Copa FGF.

O centroavante do Lobo prega respeito ao Xavante e pede pés no chão à equipe, deixando a empolgação para o torcedor após as goleadas do Pelotas na Copinha.

“A gente não pode esquecer que tem um adversário do outro lado que é vice-líder da competição. Ganhar de sete ou de um vale os mesmos três pontos, mas o que fica é o que nós apresentamos durante o campeonato. Agora, se o torcedor está na expectativa de que vai ser cinco, um a zero, aí é com eles. A gente sabe o que vai se propor a fazer dentro de campo e vamos buscar a vitória a todo custo, até pela tradição do clássico”, destacou.

Chegada ao Pelotas

Durante o programa Resenha Esportiva, Cristiano contou como foi o processo de sua contratação. Ele atuava pelo Ypiranga na Série C e, com a eliminação da equipe, planejava retornar para casa, até que surgiu a oportunidade de defender o Pelotas até o fim do ano para se manter em atividade.

“Foi tudo muito rápido. Eu já vinha em atividade em um nível um pouco maior na Série C. Isso favoreceu muito para quando eu chegasse ter uma transição rápida. O jogador de futebol tem a parte técnica, o que mais pesa é o físico”, afirmou.

Chance de ficar em 2026

As boas atuações nas primeiras rodadas já fizeram o torcedor do Lobo desejar a permanência do atacante para a disputa da Divisão de Acesso de 2026 e, quem sabe, da Série D, caso venha o título da Copinha. Questionado sobre o futuro, Cristiano diz que o foco é cumprir o contrato de três meses e, depois, conversar com a direção caso haja interesse em renovação.

Passagem pelo Japão

Entre 2022 e 2023, Cristiano atuou no futebol japonês pelo Iwate Grulla Morioka. Ele relembrou o processo de adaptação a uma nova cultura e a tentativa de aprender o idioma local.

“Lembro quando comecei a falar umas palavras em japonês, o treinador pedia para eu repetir e eles riam e eu ria junto. Isso é o legal, a gente querer aprender sempre”, recordou.

Dificuldades no Ypiranga

A passagem pelo Ypiranga não foi como o atacante esperava. Em 27 jogos na temporada 2025, marcou apenas um gol. As críticas recebidas, muitas delas fora da questão profissional, o afetaram. Ele também lamenta que suas participações em gols não tenham sido valorizadas, como acontece agora no Pelotas.

“Tive esse momento de dificuldade, de questionamento interno. Será que eu estava fazendo a coisa certa? A gente não conseguiu o objetivo principal do clube. Começam as críticas, faz parte do futebol, mas muitas vezes questionam o nosso valor como pessoa. […] Por trás de um atleta tem um ser humano, um pai de família. Eu era muito criticado por não fazer gols, mas poucas pessoas viam o que eu realmente produzia para a equipe”, completou o jogador.

Acompanhe
nossas
redes sociais