São 16 prefeitos da região que, acompanhados dos três deputados representantes da Metade Sul, realizam essa semana uma peregrinação por Brasília. É um movimento fundamental por pautas essenciais para o desenvolvimento da região, e na lista apresentada à imprensa, se destacam ações como a busca por recursos de emenda de bancada para a finalização das obras do Hospital Escola da UFPel e pela aquisição de maquinário pesado para lidar com os impactos estruturais da enchente. Duas frentes essenciais para o futuro da saúde e da logística, sobretudo do nosso agronegócio.
Mas há um ponto, também no escopo da comitiva, que é a grande pauta da Zona Sul neste momento e deve haver pressão constante e contínua por uma solução: o futuro do Polo Rodoviário de Pelotas. Faltam agora menos de cinco meses para o fim do contrato de concessão à Ecovias Sul e o futuro é nebuloso. Sabe-se, até aqui, que a administração ficará sob escopo do Dnit, que já fatiou a rodovia em quatro pedaços e lançou editais para a administração, que envolve capina, sinalização e manutenção do asfalto.
E aí mora um ponto perigoso: na resposta vinda da Assessoria de Comunicação do Dnit, admite-se que os contratos podem durar até CINCO anos. É um tempo absurdo para se ficar sem concessão. Sem ambulâncias, guincho, balança e os demais serviços que uma rodovia pedagiada oferece. É importante ter em mente que a concessão não envolve pagar para passar, mas sim pagar por serviços agregados, que consequentemente salvam vidas.
Por isso, é tão fundamental que a pressão dos prefeitos ao longo dessa semana seja estratégica e eficaz para trazer respostas. Não é admissível que a região fique com suas estradas abandonadas e em um sucateamento constante, sob pena de termos um pedágio ainda mais caro do que o atual quando a próxima concessão for feita, já que a solução destes problemas agregará custo à tarifa futura.
Temos uma oportunidade de ouro para nos fazer ser ouvidos e colocar o interesse da região acima de qualquer coisa. É importante que o desenvolvimento seja norteador das ações, sem populismo, sem demagogia e sem medo de fazer o que é necessário. Independente de quem for a próxima concessionária, é preciso que a rodovia seja bem administrada para que nossa região siga bem conectada ao mundo.
