De Jaguarão, Carlos Barbosa se pronunciava para desfazer notícias equivocadas

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

De Jaguarão, Carlos Barbosa se pronunciava para desfazer notícias equivocadas

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Há 95 anos

Durante a Revolução de 1930, diante de notícias equivocadas publicadas na imprensa da capital, o ex-presidente (governador) do Estado, o médico Carlos Barbosa foi obrigado a se manifestar. De sua casa em Jaguarão, o político enviou um telegrama diretamente ao, então presidente, em exercício, do RS, Oswaldo Freitas Valle Aranha.

Na correspondência, Barbosa desmente que estaria contra os revolucionários, liderados por Getúlio Vargas. “…apresso-me a declarar solenemente que me acho, desde os primeiros momentos da memorável luta, ao lado do meu partido, do Estado e da Nação, se não em armas, na frente dos combatentes, devido a minha idade e estado de saúde, pelo menos empenhado na medida das minhas possibilidades, o meu esforço, valimento e votos fervorosos pelo triunfo necessário da grande causa, da qual vossa excelentíssima é eminente chefe civil e militar”, registrou. O médico integrava o Partido Republicano Rio-Grandense, o mesmo de Vargas (1882-1954), naquela época.

Nascido em Pelotas

Médico reconhecido, Carlos Barbosa nasceu em 1851 na cidade de Pelotas. Em 1882 ajudou a fundar o PP em Jaguarão, sendo eleito deputado provincial e senador. Foi secretário de Estado e o primeiro vice-governador do Estado. Como governador fez um concurso internacional para um novo projeto arquitetônico e iniciou as obras do palácio. Morreu em 1933.

Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotenses e site do Palácio Piratini

Há 24 anos

Ponte dos Dois Arcos passa a ser um monumento inventariado em Pelotas

Desde 10 de outubro de 2001, a Ponte dos Dois Arcos, construída no antigo Corredor das Tropas, bem próxima à Estrada do Engenho, na localidade chamada Passo dos Negros, integra os bens inventariados pelo município. A iniciativa foi do então vereador Gilberto Cunha.

A construção remete à metade do século 19, quando foi realizada pela mão de obra escravizada, que trabalhava nas várias charqueadas que existiam ao longo do Canal São Gonçalo. O Passo dos Negros e a Ponte dos Dois Arcos são referências históricas sobre a escravização em Pelotas.

A construção também se tornou o primeiro ponto de pedágio de Pelotas, pois por ela passavam as tropas com o gado para as charqueadas. Apesar do seu valor histórico para a memória da comunidade afrodescendente, o local não é tombado. Atualmente há uma campanha para que a Ponte seja reconhecida como patrimônio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Há 50 anos

Cerrito Alegre aguardava a chegada da eletricidade

A gerência regional da Companhia Estadual de Energia Elétrica informou ao prefeito de Pelotas, Ary Alcântara, que em novembro de 1975 estariam concluídos os trabalhos de instalação da rede elétrica do Cerrito Alegre. O trecho finalizado era entre Retiro e Arroio do Padre, com cerca de 28 quilômetros de extensão.

A conclusão era esperada para setembro, mas devido às chuvas, houve um atraso de algumas semanas. Naquela época, de acordo com o gerente Regional, Paulo Bojunga, uma tempestade teria derrubado 40 postes entre Pelotas e Pedro Osório e na localidade do Basílio.

Com isto os técnicos tinham direcionado o trabalho para reerguer as redes existentes. Naquele período a empresa também concluía a eletrificação no bairro Py Crespo.

Distrito

Cerrito Alegre é um terceiro distrito do município de Pelotas, conhecido por sua arquitetura antiga, como casarões e a Igreja Evangélica Ramos, e por sua área rural. Historicamente, a região é uma colônia com construções datadas a partir do final do século 19.

Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotenses

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