É o que digo aos empreendedores que me procuram para ajudá-los a tornar suas equipes mais autônomas e responsáveis.
Tira isso da sua cabeça — e põe na do seu time. Hoje o papo é com você, empreendedor: na cabeça de criador, tudo é mais conectado e o óbvio parece óbvio. Mas o que aprendi nos últimos dez anos trabalhando com gestão é simples: o óbvio precisa ser dito. Escrito. Repetido à exaustão. Quando você já está saturado de tanto comunicar as mesmas coisas, é justamente quando as pessoas começam a entender.
Cultura é um empilhamento de quatro pilares: estratégia, comunicação, transparência e ritual.
Estratégia é o rumo claro para onde o negócio precisa ir.
Comunicação é tornar esse rumo compreensível para todos.
Transparência é não esconder o jogo, para que as pessoas possam jogar juntas.
Ritual é repetir na prática o que o discurso promete.
E é importante que você faça isso bem para que precise fazer apenas uma vez. Empresas não falham por falta de estratégia, mas porque as pessoas não sabem executá-la. Uma cultura forte é aquela que traduz estratégia e valores em comportamentos tangíveis.
Se eu fosse uma mosca falante e perguntasse a cada um do seu time qual é o comportamento de quem tem boa comunicação, eles responderiam a mesma coisa? E se a pergunta fosse “o que é um atendimento de excelência?”, haveria uma única resposta?
Se as respostas não forem as mesmas, talvez você tenha um problema de cultura. E se você é chamado para resolver problemas simples… bem, você já entendeu o meu ponto.
Se quer ter uma equipe forte, tire a cultura da sua cabeça e estabeleça-a no campo da vida real.