Permanência de Cris no Brasil teve semanas de espera e, depois, acerto rápido

Bastidores

Permanência de Cris no Brasil teve semanas de espera e, depois, acerto rápido

Direção do Brasil definiu a sequência do treinador no clube em reunião na quinta-feira (21)

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Permanência de Cris no Brasil teve semanas de espera e, depois, acerto rápido
Desejo do treinador era seguir no Bento Freitas; ele estava em casa, nos últimos dias, em Curitiba (Foto: Jô Folha)

Uma espera de três semanas que terminou em poucas horas. Assim se resume o acerto entre Emerson Cris e a direção do Brasil até a definição da continuidade do treinador no Xavante para a disputa da Copa Professor Ruy Carlos Ostermann. A permanência do profissional à frente da equipe rubro-negra foi anunciada na noite de quinta-feira (21) após uma rápida reunião com representantes do clube.

O desejo do treinador era seguir no Brasil, algo que ele não escondeu em entrevista recente à Rádio Pelotense 99,5 FM. Após retornar para sua casa, em Curitiba, Cris dava preferência ao Xavante. Enquanto isso, os dirigentes ainda alinhavam o planejamento para a Copinha da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). A decisão da Executiva foi tomada internamente e, na quinta, o presidente Vilmar Xavier chamou o técnico para uma conversa.

Conforme apurou a reportagem, os contatos definitivos também partiram do vice-presidente de futebol do Rubro-Negro, Gonzalo Russomano, que recentemente voltou ao cargo após afastamento de três meses, e do vice das categorias de base, Bira Souza, que estava ocupando de forma interina a pasta do futebol. Cerca de duas horas depois, a oficialização do acerto apareceu nas redes sociais do clube.

Em comunicado, o Brasil garantiu que “uma base do elenco” que disputou a Série D continuará no Bento Freitas. Vários jogadores que terminaram a competição com status de titular foram indicados por Emerson Cris. A próxima semana deve ser marcada por novos anúncios por parte do Xavante.

Opinião

Pedro Petrucci, comentarista das jornadas esportivas da Rádio Pelotense

A continuidade é um pilar fundamental no futebol, e a decisão de manter o técnico Emerson Cris no comando do Brasil é um passo na direção certa. Embora a equipe não tenha alcançado a classificação para o mata-mata da Série D, o trabalho do treinador não pode ser resumido apenas por esse resultado. Pelo contrário, sua atuação demonstrou uma clara capacidade de evolução dentro de um contexto adverso.

A prova mais contundente disso foram os resultados positivos nas rodadas finais, mesmo com o time já eliminado. Esse desempenho tardio sugere que a plataforma de jogo proposta pelo técnico estava, enfim, amadurecendo, e os jogadores, assimilando a nova filosofia.

É inegável que os desafios enfrentados pelo Brasil são, em sua essência, administrativos. O baixo investimento, a estrutura limitada e, de forma mais grave, a necessidade de uma greve para garantir o pagamento dos salários, criaram um ambiente de trabalho instável que, inevitavelmente, se refletiu em campo.

Nesse cenário, o trabalho de Emerson Cris ganha ainda mais relevância. Taticamente, ele implementou uma plataforma de jogo interessante e, mais importante, soube identificar e apostar em jovens talentos. Dar sequência a esses atletas é crucial, pois eles podem se tornar a base para futuros resultados e render frutos para o clube.

Manter Emerson Cris é uma aposta na continuidade e na evolução a longo prazo. Em vez de buscar uma solução imediata e descartável, o clube optou por consolidar um trabalho que, apesar dos obstáculos, mostrou potencial. Essa decisão pode ser a chave para construir um projeto mais sólido. Tomara que também seja capaz de superar os desafios estruturais. Mas isso é com a diretoria”.

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