Pelotas é uma das raras cidades do país a oferecer graduação em cinema. Não uma, mas duas, como mostrou o #PelotasMerece do último final de semana. Enquanto acontece o Festival de Cinema em Gramado, o município engatinha, mas demonstra uma forte aptidão a evoluir neste setor. Além da formação da mão de obra qualificada para atuar na área técnica, há uma faculdade de teatro, diversas formações cênicas – o Tholl é o maior exemplo disso – e há potenciais locações fantásticas, que vão de espaços históricos a ultramodernos, passando pela estética do frio e pela beleza das nossas praias, colônia e tantas outras belezas estruturais.
Há, portanto, uma clara vocação em desenvolvimento por parte do nosso município. A criação de uma film comission pela Secretaria da Cultura dará ritmo ao estímulo. A existência de uma grande produção nacional – o filme Vó África – sendo rodado aqui também vai trazer um novo olhar sobre o município e a região. Se a cultura e as artes são uma das nossas grandes forças, nada melhor do que compreendê-los como atrativos para que isso seja mostrado. E, se funcionar, se inicia também um novo ciclo para o turismo.
Ciclos virtuosos são criados com diversos movimentos em uníssono por um mesmo objetivo. Pelotas hoje se esforça em muitas frentes para ser vista, lembrada, receber turistas e investidores e atrair pessoas. A voltar a ser a grande potência, inclusive estética, que fora em décadas passadas. Por isso, o estímulo à cadeia cinematográfica é fundamental neste sentido. Nos colocar em evidência é um propulsor fantástico para esse objetivo.
São diversas potencialidades que enxergamos na nossa comunidade e que precisam ser vistas principalmente por nós mesmos, pelotenses. Daqui, podem sair iniciativas incríveis que vão colocar nossa cidade em um novo patamar. Seja na arte, na ciência, no empreendedorismo ou na memória, Pelotas se mexe e já caminha em um novo – e positivo – ciclo. Agora é esperar e não deixar, de maneira alguma, isso arrefecer.
