Assembleia Legislativa debate futuro da Refinaria Riograndense

audiência pública

Assembleia Legislativa debate futuro da Refinaria Riograndense

Empresa de Rio Grande será a primeira do país a produzir combustíveis 100% renováveis

Por

Assembleia Legislativa debate futuro da Refinaria Riograndense
Investimento previsto na unidade supera os R$ 5 bilhões. (Foto: Divulgação)

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, através da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, em parceria com a Comissão de Economia, debateu nesta semana, em audiência pública, os projetos de utilização de matérias-primas renováveis da Refinaria Riograndense, localizada em Rio Grande, e os desafios de preparação do Estado.

A Refinaria Riograndense será a primeira refinaria brasileira a produzir combustíveis 100% renováveis, tornando-se a primeira Biorrefinaria Brasileira. Dentre os novos produtos que serão produzidos na Refinaria Riograndense estão: biodiesel, gás liquefeito verde, bionafta e insumos para a indústria bioquímica como benzeno, utilizado na produção de borrachas sintética, nylon e PVC. Além disso, o projeto da Biorrefinaria compreende também a produção de combustíveis avançados a partir de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados, que permite a produção do chamado diesel verde (HVO), de combustível de aviação sustentável (SAF) e da nafta verde.

Durante a audiência, o presidente da Refinaria Riograndense, Felipe Jorge, apresentou o histórico e o atual momento da empresa. De acordo com o dirigente, o projeto de transformação total da Refinaria encontra-se em fase final de avaliação para decisão final de investimentos até o final deste ano – que devem ser da ordem de cerca de R$ 5,4 bilhões. O período de transição para biorrefinaria deve durar até 2027, com início das obras de transformação previstos para o ano seguinte, e previsão de início da operação da nova estrutura como biorrefinaria em 2028.

Além dos impactos em sustentabilidade – com a operação de cargas 100% renováveis e utilização de produtos certificados ambientalmente – a transformação da Refinaria também trará impactos significativos nos âmbitos econômico e social, como a geração de quatro mil empregos durante a construção da nova planta e outros 500 novos postos de trabalhos durante a nova fase de operação, além de proporcionar o aumento da renda de produtores rurais, que poderão fornecer matéria-prima para a biorrefinaria.

Impacto na cidade

A prefeita Darlene Pereira (PT) destacou a relevância histórica da antiga refinaria de petróleo Ipiranga para a cidade. “É uma memória afetiva para a nossa comunidade. Esse empreendimento sempre foi e continua sendo muito importante para Rio Grande”. A prefeita ressaltou que, embora o processo não seja rápido, é fundamental tornar públicas as etapas já realizadas e reforçar a transparência junto à comunidade.

Outro ponto destacado por Darlene foi a importância de utilizar o período de transição até o início das operações para organizar a cadeia produtiva regional, envolvendo agricultores e garantindo também a infraestrutura logística. Ela mencionou, ainda, a necessidade de fortalecer o modal ferroviário para o transporte de grandes volumes de soja in natura e de estimular a instalação ou ampliação de unidades de esmagamento do grão no município.

Saiba mais

A audiência foi uma proposição do deputado estadual Halley Souza (PT) e reuniu no espaço da Assembleia, deputados estaduais, federais, lideranças municipais de Rio Grande, além representantes da Refinaria e das suas acionistas Braskem, Ultra e Petrobras, CPERS, representantes da Embrapa, Furg, Câmara de Comércio de Rio Grande, e lideranças dos municípios de Herval e Santa Vitória do Palmar.

Acompanhe
nossas
redes sociais