“Temos ações que vão desde pesquisa básica a conversas com agentes da sociedade”

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“Temos ações que vão desde pesquisa básica a conversas com agentes da sociedade”

João Iganci - Coordenador do projeto Pampa Singular, da UFPel

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Atualizado segunda-feira,
04 de Agosto de 2025 às 10:33

“Temos ações que vão desde pesquisa básica a conversas com agentes da sociedade”
Professor atua no Instituto de Biologia (Foto: Reprodução)

O Pampa Singular, do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas acaba de divulgar mais um vídeo do projeto, coordenado pelo professor João Ricardo Vieira Iganci. Criado em 2021, se propõe a criar espaços educativos, de diálogos e participação para pensar coletivamente no potencial do ecoturismo e da conservação da biodiversidade como negócios socioambientais de impacto para a região do bioma Pampa.

Professor Iganci, como surgiu o projeto Pampa Singular?

O Pampa Singular surgiu como projeto em 2022 oficialmente. Em 2021, eu e o professor Gustavo Heiden, pesquisador da Embrapa, idealizamos o projeto e em 22 aprovamos o primeiro edital de financiamento da Fapergs.

O projeto é interdisciplinar?

É interdisciplinar porque ele envolve também o núcleo de ilustração científica aqui na Biologia (curso da UFPel), também criado em 2022, eu coordeno e a gente trabalha bastante com divulgação científica através deste projeto e também termina envolvendo diferentes áreas pensando na sustentabilidade. Temos ações que vão desde pesquisa básica a conversas com agentes da sociedade, com produtores, que têm ações sustentáveis dentro das suas propriedades ou áreas de atuação, como empresa, turismo ou mesmo na agropecuária. Isso tem muito a ver com as ODS (Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU), que tanto a gente discute hoje em dia e que são metas internacionais de desenvolvimento.

Quantos alunos estão envolvidos?

É um pouco difícil de quantificar porque os alunos são transitórios dentro da Universidade. Têm muitos alunos que passaram pelo Laboratório e pelo projeto, alguns continuam engajados participando de ações e atividades de pesquisa. Temos em média dez alunos trabalhando. Na graduação a maior parte dos alunos são do curso de Biologia. Da pós-graduação a Daiane Rodeghiero Vahl é doutoranda em Fisiologia Vegetal, temos alunos da Agronomia e mais recentemente, com essas ações interdisciplinares, temos alunos de outros cursos, como por exemplo a Roberta Locatelli, que fez todo o trabalho de edição visual das últimas produções de vídeo que estamos fazendo. Esse vídeo que foi lançado sobre a estância Timbaúva de Uruguaiana foi todo trabalhado pela Roberta, que é egressa do Cinema. Tem alunos das artes que participam das atividades.

Quais são as linhas de pesquisa?

Conseguimos encaixar em três linhas básicas, que seriam: Biodiversidade do Pampa, isso aplicado em diferentes escalas, desde o estudo local. Por exemplo, o Pontal da Barra, para compreender que ali existem mais de 600 espécies de plantas e ainda aumentando esse número, porque continuamos pesquisando, até outros estudos mais abrangentes incluindo o Pampa como um todo, como um bioma. Os estudos de Conservação, com foco principal de compreender quais espécies da flora estão ameaçadas de extinção. Uma terceira linha é a promoção do uso sustentável da biodiversidade, como a gente vai proteger e conservar o que a gente não conhece e como o uso consciente pode contribuir para a conservação dos ecossistemas. Fechando tudo isso como uma quarta linha vem o trabalho de popularização da ciência e divulgação científica.

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