O segundo vereador mais votado desta legislatura, Marcelo Bagé (PL) está em seu primeiro mandato e já se estabeleceu como o principal opositor do governo do prefeito Fernando Marroni (PT) na Câmara. Apesar de estar nesta oposição, Bagé reconhece que votou com o governo na maioria dos projetos por entender que eram importantes para a população.
“Eu articulo contra quando o projeto é prejudicial à população, por exemplo o empréstimo para a execução das ETEs. Eu entendo que Pelotas deve mais de R$ 1 bilhão, tem operado em déficit. […] Como que nós vamos entregar R$ 120 milhões, um cheque em branco na mão de um governo do PT, que está recém conhecendo a casa, começando os trabalhos?”, disse.
Compam
Nas últimas semanas, a principal crítica de Bagé à administração está nos decretos que alteraram as regras para a composição do Conselho Municipal de Proteção Ambiental (Compam) e que estabelecem critérios para o Cadastro Municipal de Instrumentos e Atividades de Defesa Ambiental (Caiapam).
Após críticas, o prefeito Marroni afirmou que iria revogar os decretos e enviar um projeto sobre a composição do Compam à Câmara. A proposta enviada, no entanto, revoga apenas um dos decretos.
“Eu considero isso uma grave quebra de compromisso por parte do poder Executivo com o poder Legislativo. Tenho falado isso aos colegas, é preciso uma resposta porque não houve o cumprimento de palavra”, afirma Bagé.
Candidatura em 2026
Marcelo Bagé é pré-candidato a deputado estadual na eleição do ano que vem. Ele diz que já está percorrendo municípios da região em que tem alianças políticas. “Pelotas precisa ter um deputado estadual, o nosso município poderia ter quatro deputados estaduais, tem voto pra isso”, afirma.
Além dele, o PL de Pelotas tem outros três pré-candidatos para 2026: o vereador Júnior Fox e Adriane Rodrigues, que foi candidata a vice-prefeita, se lançaram à Assembleia, enquanto Marciano Perondi, que foi candidato a prefeito, é pré-candidato a deputado federal.
“Infelizmente, por culpa dos partidos que se organizam mal, vários candidatos acabam dividindo voto e não elegemos. Espero que dessa vez seja diferente”, afirma. “Espero que esse número de candidatos não prejudique e que possamos ter nossa representação política de direita, de Pelotas e da zona sul do estado”, reconhece.
Para além de 2026, Bagé afirma que o PL terá candidato à prefeitura de Pelotas em 2028. “Não levamos essa eleição por muito pouco, nosso candidato perdeu a eleição por 1.200 votos […] Isso mostra que não havia nenhum tipo de consenso em torno do projeto apresentado pelo atual prefeito”, avalia.
Assista a íntegra da entrevista ao Debate Regional
