Depois de 11 anos, o Grêmio Esportivo Brasil optou por voltar a disputar a tradicional Copinha da Federação Gaúcha de Futebol. O clube nunca foi campeão, mas chegou perto em 2007 e 2012. Na época ficou com o vice-campeonato ao perder para Caxias e Juventude, respectivamente.
A última participação ocorreu em 2014, quando foi eliminado pelo Pelotas na segunda fase. Desde então não houve mais necessidade de jogar a competição pelo crescimento nacional que o clube teve, permanecendo seis temporadas seguidas na Série B do Brasileiro.
Em 2025 o cenário é outro. Sem divisão nacional para o próximo ano e na Divisão de Acesso Estadual, sobrou a tentativa de conquistar o título da Copa Professor Ruy Carlos Ostermann. Além de manter o clube em atividade, existe outro motivo para o Xavante ter optado por jogar.
Em entrevista ao programa Resenha Esportiva da Rádio Pelotense desta segunda-feira (4), o presidente do Conselho Deliberativo do Brasil, Pablo Chagas, disse que a possibilidade de receber uma proposta de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) será maior mantendo o departamento de futebol ativo neste segundo semestre.
“O investidor a gente sabe. Ele vai investir o seu dinheiro tentando buscar um retorno financeiro do seu investimento. Onde ele vai conseguir esse investimento? Pelo que nós estudamos eles começam a ter o retorno do investimento quando conseguem levar o clube até a Série B do Campeonato Brasileiro por questão das verbas de transmissão, da visibilidade que dá para eles conseguirem vender atletas. Acaba potencializando o negócio”, disse.
O tempo não está do lado do Brasil. Caso não consiga a vaga via Copinha para 2026, existe a possibilidade da CBF criar a Série E, o que faria o clube ter mais uma divisão de distância até chegar entre os 40 principais times do futebol brasileiro.
“Isso pode prejudicar dois ou três anos de acordo com o projeto de qualquer investidor de chegar na Série B, que de fato é onde eles conseguem começar a ter o retorno do investimento deles”, destacou.
Recuperação Judicial
Chagas garante que o Brasil até o momento não recebeu nenhuma proposta por SAF. O próximo passo é o avanço da Recuperação Judicial (RJ). Apesar de ser considerado um elemento chave, o RJ não é obrigatório no processo da transformação da gestão do clube m SAF, porém importante para o investidor entender o cenário em que aplicará o dinheiro.
“O interesse até então do investidor em uma Recuperação Judicial é para ter uma projeção melhor de como ficariam as dívidas, se ele tem capacidade de investimento, se é suficientemente aderente as expectativas que ele tem. […] Para um investidor faz muita diferença”, disse.