Depois de 19 dias intensos, a 31ª Feira Nacional do Doce se despede de 2025 com os corredores do Centro de Eventos lotados. A movimentação na Cidade dos Doces e nas áreas cultural e de negócios reforçou o sentimento de missão cumprida entre doceiras, expositores, agricultores familiares, empresários e visitantes, que consagraram mais uma edição da Fenadoce como um sucesso de público e de vendas. A mascote Docília, a doceira Quindinha e os demais personagens do mundo mágico da feira encerraram as atividades com um convite emocionado para o reencontro em 2026, que promete mais atrações para o público infanto-juvenil.
Com o tema “Doces Aventuras”, a Fenadoce apostou em um universo lúdico para atrair o público jovem e formar novas gerações de apreciadores e multiplicadores da tradição doceira de Pelotas. A Comissão Gestora da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) destaca que o propósito vai além dos sabores. “É aqui que nascem futuros chefs, empreendedores, engenheiros de alimentos, comunicadores e tantos outros profissionais que levam a marca Fenadoce adiante”, afirma o conselheiro Daniel Centeno.
“Vamos manter a data de dentro de férias escolares e vamos transformá-la ainda em uma feira mais lúdica, mais voltada ao público infantil”, adianta. A intenção da gestão é dar um conceito de parque temático, mantendo a tradição doceira. “A Cidade do Doce e a Multifeira estão consolidadas. Mas não podemos perder esse link com a gurizada menor, porque é importante que eles já comecem a vivenciar a feira”.
Tradição que atravessa fronteiras
Visitantes de diversos estados marcaram presença em excursões organizadas e relataram a satisfação de retornar à feira. O médico veterinário Luiz Cassol, 71, e sua esposa, a pedagoga aposentada Iloni de Bittencourt, também de 71, viajaram de Ponta Grossa, no Paraná, pela quarta vez. “Os doces são sempre maravilhosos, não dá para escolher um só. É tudo tão bom que fica difícil eleger o preferido”, diz Iloni. O casal também destacou a diversidade da feira: “Além dos doces, compramos roupas e calçados. É uma multifeira completa”, completa Cassol.
O casal estava junto a um grupo que chegou da cidade de Maravilha (SC), em uma excursão organizada. Alceu Conto, 73, conta que o roteiro incluiu visitas a Pelotas e Rio Grande. “Acordamos cedo, visitamos uma padaria, provamos os produtos locais e voltamos à feira. É uma programação intensa, mas vale a pena”, afirma. O grupo era formado por moradores do oeste catarinense e do norte gaúcho.
Negócios que se consolidam
Márcia de Oliveira, 48, de Blumenau, expôs com uma marca de pijamas, já conhecida no litoral do Sul e Sudeste do Brasil. “Mesmo com a chuva de alguns dias, o movimento foi equivalente ao do ano passado. Vale a pena estar aqui, porque o público é diversificado e vem de todo o Estado”, avalia. Para ela, a feira continua sendo uma plataforma estratégica para divulgação e venda.
Já Ítalo Jara Caldeira, 27, nutricionista e dono da Nina Fit, participou pela primeira vez como gestor da sua própria loja, uma derivação da tradicional Nina Doces. “Foi uma experiência nova, e muito positiva. Trabalhamos com doces proteicos, com menos açúcar e menos calorias. Os visitantes se interessaram em saber para que servem esses produtos e acabamos quase esgotando os estoques antes do fim”, diz.
Expectativa pelos números e futuro promissor
Os números oficiais da 31ª Fenadoce, como visitantes, doces vendidos e volume de negócios da multifeira e da agricultura familiar, devem ser divulgados nesta segunda-feira (4). No entanto, o movimento expressivo dos últimos dias já confirma o êxito da edição. Para os organizadores, a feira de 2025 consolida ainda mais a tradição doceira da região de Pelotas como patrimônio cultural e motor econômico.
Com sabor de saudade e de dever cumprido, a Fenadoce encerrou com abraços, fotos e o gosto de quero mais. Em meio à confraternização na Praça de Alimentação e às últimas compras nos estandes