A história da doçaria Fran’s, presente o ano todo no Mercado Público e na Rua do Doce, confunde-se com a Fenadoce. Em 2007 foi a primeira participação das irmãs Francine e Franciele Venske na Feira, juntas de toda a família. Este ano, ao completar 16 participações no evento, a administradora Francine e o pai Carlos Venske, estiveram presentes no estúdio da rádio Pelotense e do jornal A Hora do Sul, para falar sobre a história do empreendimento, que vende os doces tradicionais de Pelotas e o docinho de bergamota, que é produção própria. A expectativa da doçaria é superar as vendas do ano passado na Fenadoce e iniciar o processo de crescimento da produção ainda neste ano.
Como teve início a doçaria? Como surgiu a relação com o doce?
Francine: Nossa história começou na Fenadoce. Teve a oportunidade com a família já envolvida, mas quem começou mesmo foi eu e minha irmã. No ano seguinte, depois de termos visto que deu certo, juntamos nossos nomes e aproveitamos para criar a doçaria “Fran’s”.
Carlos: Elas não gostavam do nome ser parecido e, depois que veio a Fenadoce, veio o nome da nossa marca, elas passaram a gostar muito. Sou o pai das Fran’s, tenho as ideias, mas família toda trabalha, e trabalha com prazer, isso é importante para dar certo.
Carlos: Era uma grande vontade das gurias trabalhar na Fenadoce, porque a gente vinha já há várias feiras. A Francine tinha 1 aninho na primeira edição então, por isso, hoje ela já está acostumada. Nós viemos em parceria com a família, eu, minha esposa e meus cunhados produzimos e elas vendiam. Foi um gosto da família trabalhar com doce e, por isso, surgiram as Fran’s.
Quantas pessoas envolvidas e como a Fenadoce influencia nesse número?
Francine: Hoje a minha mãe está na parte da produção, minha irmã fica na loja do mercado e eu venho para cuidar da equipe na Fenadoce. São 19 dias na feira, mas a gente começa muito antes com contratação e organização. Passamos a ter praticamente o dobro de funcionários, porque toda a equipe que está aqui é extra, tanto na produção, como no atendimento. Não temos como tirar ninguém da nossa loja porque o movimento também é muito grande e precisamos colocar reforço no mercado.
Como é a produção para a feira? E como é feita a gerência das lojas?
Francine: O nosso doce é muito artesanal. A gente vai tentando preparar a logística, mas o doce é feito, praticamente todo durante a feira. A nossa produção ainda é muito pequena, então, os doces de certificação, muitos são produzidos pela fábrica da Monalu, que também é de familiares nossos. Estamos cada vez mais investindo para conseguir produzir mais. Nós só trabalhamos com os doces com certificação de origem geográfica, que garantem que são os tradicionais de Pelotas.
Carlos: Eu fico na administração e vamos nos distribuindo, uma filha fica responsável pela loja do Mercado e a Francine com tudo o que envolve a Fenadoce, desde a contratação do funcionário até embalagem e tudo o que precisa acontecer para o bom andamento da loja na Feira.
Como surgiu a ideia do doce de bergamota?
Francine: Foi criado em 2016 e fazia referência a um site de compras coletivo que era muito utilizado em Pelotas. Isso foi 15 dias antes da Fenadoce, eu tava começando, só sabia, praticamente ir e vender, mas o pai veio com essa ideia e eu também estava com a ideia de iniciar na produção. Criava, alguns davam certo, outros não, até que consegui encontrar o equilíbrio: ele é um branquinho com sabor de bergamota, recheado com a geleia de bergamota.
Há alguma diferença do público que frequenta os diferentes locais?
Francine: A população pelotense vai mais em busca do café que nós temos, já virou um ponto tradicional. O pessoal já nos reconhece como a doçaria rosa ali do Mercado. Porém, nós recebemos muitos visitantes por estarmos dentro de um prédio histórico. Os turistas também vem muito atrás do doce, para levar para outros lugares
Qual a avaliação das vendas nesta edição da Fenadoce?
Carlos: A gente tem essa visão do início, começou boa e a gente sempre diz que o primeiro dia sendo bom, tendo uma movimentação boa, a feira se estende até o final sendo assim, de muito resultado. A gente fica muito contente porque tem a meta de superar a edição do ano passado e isso está perto.
Francine: Com a mudança da data, não pegamos o calor, que diminui a venda do doce, mas pegamos o frio e o risco da chuva.
Onde que se pretende chegar com a doçaria?
Carlos: Crescer a gente quer, mas precisamos fazer isso com os pés no chão. Até pensamos em fazer algum investimento, mas eu sempre falo com as Fran’s, porque elas têm que dar continuidade.