Escola Família Agrícola da Região Sul completa nove anos

Zona Sul

Escola Família Agrícola da Região Sul completa nove anos

Membro da coordenação da Efasul participou do programa Debate Regional, da rádio Pelotense

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Escola Família Agrícola da Região Sul completa nove anos
Felipe Zarnott concedeu entrevista no estúdio da Rádio Pelotense. (Foto: Henrique Risse)

A Zona Sul conta, há nove anos, com Escola Família Agrícola da Região Sul (Efasul). Sediada em Canguçu, ela propicia formação de nível médio, técnico em agroecologia para jovens oriundos da agricultura familiar. Hoje, a instituição atende 63 estudantes de cidades como Canguçu, Morro Redondo, Pelotas, Pinheiro Machado, Herval e Sentinela do Sul.

Em entrevista ao programa Debate Regional, na rádio Pelotense, Felipe Zarnott, membro da coordenação da Efasul, falou sobre a metodologia aplicada na escola. “A escola trabalha com pedagogia da alternância. Os estudantes chegam na segunda-feira pela manhã e permanecem até sexta-feira. É uma escola de turno integral. Eles têm aulas pela manhã, tarde e noite, das 13h30min de segunda ao meio-dia de sexta. Como ela é por alternância, eles passam uma semana na escola e uma semana na comunidade.”

Por não ser um educandário estadual nem municipal, a instituição conta com a colaboração dos pais dos alunos e de outros recursos, principalmente do Fundo Nacional da Educação (Fundeb).

“É uma escola mantida pelos próprios agricultores e agricultoras. A mantenedora da escola é uma associação de pais e mães dos estudantes. (…) É a partir do CNPJ da associação que nós vamos atrás dos recursos. Hoje a gente é atendido pelo Fundeb. E a gente vai atrás também de vários outros projetos. Por exemplo, quando abre um fundo social, vamos atrás das políticas públicas voltadas para a área educacional, na área da juventude rural”, comenta Zarnott.

Atualmente, a escola conta com 26 educadores, entre professores, monitores e os responsáveis pelo refeitório. Por ser uma escola de turno integral, os alunos recebem seis refeições por dia.

Impactos na comunidade

De acordo com Felipe Zarnott, o trabalho desenvolvido pela Efasul ajuda a manter o jovem no campo. “Nós temos 70 jovens formados técnicos em agroecologia. Muitos deles retornaram para as propriedades com mais qualificação para tocar a propriedade, para melhorar a produtividade. A evasão escolar tem uma forte ligação com a evasão do jovem do campo. Quando o jovem permanece na escola, consegue se formar, ter os três anos e meia dentro da escola, ele vai pra propriedade com mais chance de permanência”, finaliza.

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