Goste ou não, a política importa. Do preço do cafezinho matinal, à tarifa de ônibus, ao custo de um apartamento ou carro novo, tudo passa por decisões políticas. Muito além da superficial discussão entre esquerda e direita, que normalmente norteia as conversas do dia a dia, a política é o que nos movimenta como sociedade, seja no micro, seja no macro. Do vereador que propõe um Projeto de Lei ao presidente dos Estados Unidos que inventa uma taxação que vai afetar totalmente a economia de pequenos produtores de Canguçu.
Por isso, as pesquisas que mostram que a população tem demonstrado descrença e desinteresse na política retratam um cenário perigoso. A leitura de que “tanto faz” também. É papel individual, de cada cidadão, dentro de uma democracia, participar. Os índices de abstenção crescem nas urnas e isso reflete diretamente na cobrança junto aos políticos. O papel do cidadão é deixar seu eleito desconfortável. Principalmente quando há alinhamento ideológico. Precisa sim, cobrar, exigir, pressionar e pedir respostas, posicionamentos e prestação de contas.
Há que se reforçar a compreensão de que as decisões tomadas nos parlamentos e nos gabinetes vão impactar nossa vida, quer a gente goste ou não. Por isso, a participação popular na política é tão necessária, uma vez que proporcionar variedade de visões e ter representatividade nos debates importa. Por isso nossa região precisa se unir para votar em candidatos locais de olho no pleito de 2026. Só assim a gente vai ter quem pressione por nossos interesses, destine emendas e paute assuntos que nos impactam.
Não adianta bancar o avestruz, enterrar a cabeça no chão e fingir que, enquanto a gente debate o morango do amor ou qual o destino da Odete Roitman na novela, as coisas se movem em um movimento vivo e constante de tomadas de decisão, ação e reação. Porque o presidente dos Estados Unidos da América pode, dentro da Casa Branca, dar um canetaço que vai impactar a vida do Seu João e a Dona Maria, que plantam fumo na Coxilha dos Campos em Canguçu.