O ator, maquiador e clown Rodri Aliandro é quem dá vida ao Joaquim Quindim nesta edição da Fenadoce. Mas este não é o seu primeiro personagem na Feira Nacional do Doce, o artista trabalha como ator, recebendo o público e encantando adultos e crianças, há 16 anos no evento.
Rodri Aliandro quantos anos tens de carreira e como começou a tua participação na Fenadoce?
Eu tenho 25 anos de carreira, neste período, dez anos foram com o Grupo Tholl. Foi bem quando o espetáculo estourou e a gente passou viajando por todo o Brasil. Desde então eu nunca mais parei. E eu sou artista plástico de formação. Eu vim pra Pelotas para estudar Artes, quando eu estava me formando, eu resolvi fugir com circo, entrei pro Tholl, lá me apaixonei pelas técnicas circenses, pelo mundo do teatro, pelo João Bachilli, que eu amo. E logo em seguida, quando eu saí voltei pra carreira solo, voltei pra faculdade e me formei. Com a Fenadoce começou quando eu ainda era do Tholl, a gente fazia animações na Feira, fizemos dois ou três anos de desfiles temáticos, que era o ápice cultural da Feira. Depois que eu saí do grupo eu voltei com um personagem, que era o Vasco e logo em seguida eu criei o Joaquim e a cada ano a gente vem criando histórias. É uma marca da minha carreira também trabalhar na Fenadoce, acho que caí no gosto popular. Que bom que as pessoas lembram do Joaquim, ele é aquele personagem popular, fala com todo mundo, tira foto com todo mundo.
Como é atuar na Fenadoce como Joaquim?
Fazer a Fenadoce é estar muito próximo do público, é abrir os portões do Centro de Eventos para os visitantes e turistas de todo o Estado e fora dele. É um grande prazer que eu tenho junto com os meus colegas, da gente estar recebendo as pessoas e proporcionando esse espetáculo que é contar um pouco da cultura doceira da cidade de Pelotas.
Conta a história do personagem Joaquim?
O meu personagem nasceu em Portugal ele veio para ser como se trouxesse as receitas dos doces para a cidade de Pelotas e a partir daí o Joaquim foi criando vida, caiu no gosto das pessoas e acabou ficando popular. Ele já faz parte da Feira há mais ou menos nove anos, a partir desse momento todos os anos eu estou aqui, contando uma história junto aos meus colegas.
E por que este ano o nome do personagem é Joaquim Quindim?
Porque este ano a grande novidade da Feira, na parte cultural, são os docinhos ganharam vida. Eu represento o quindim, mas tem os colegas que representam o bombom de morango, que não é um doce tradicional, mas é um dos mais vendidos. Também temos um outro colega que representa o figo, que é um doce tradicional, que são os cristalizados. Tem o ninho, o olho de sogra, são cinco docinhos. Além disso, temos os bonecos, que passeiam pela Feira, interagem com as pessoas, além da nossa Docila, que é a nossa formiguinha, temos uma vovó doceira. Este ano abrimos um concurso, assim como fizemos com a mascote, onde o público vai dar o nome para a nossa doceira.
Além do circo tu faz um tributo a Ney Matogrosso. Conta como é esse espetáculo? Tudo começou depois que eu saí do circo. Desde criança, eu escutava minha mãe dizer que eu era muito parecido com o Ney Matogrosso, que ela já era fã dele. Eu pensava que um dia eu pudesse vir a fazer um especial, um tributo. Realmente, quando eu saí do circo montei uma banda com os meus amigos talentosíssimos, fiz um repertório totalmente lado “B”, ensaiei durante muito tempo e aí montei o espetáculo Uma noite inclassificável. Mas com a função da Fenadoce, eu acabei deixando de lado, mas essa carta está sempre na manga. Não dá pra abandonar, é um espetáculo que eu adoro fazer.