Memorial das Águas seleciona fotojornalista do A Hora do Sul

Reconhecimento

Memorial das Águas seleciona fotojornalista do A Hora do Sul

Exposições têm como tema “Solidariedade e Reconstrução” e inclui Jô Folha

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Atualizado sexta-feira,
27 de Junho de 2025 às 15:40

Memorial das Águas seleciona fotojornalista do A Hora do Sul
Jô Folha registrou as enchentes em 2024. (Foto: Jô Folha)

Durante a enchente de maio de 2024 muitos fotógrafos tiveram o trabalho de guardar o momento através das imagens. Pensando nisso, o projeto Memorial das Águas vai promover cinco exposições, três em Porto Alegre e duas em Pelotas, com o intuito de que a pior enchente da história no Rio Grande do Sul, até o momento, não seja esquecida. Entre os fotógrafos selecionados está Jô Folha, do A Hora do Sul, além de outros dois pelotenses: Leandro Lopes e Guilherme Tavares.

O tema escolhido foi “Solidariedade e Reconstrução” e as fotografias autorais devem abordar de maneira poética, documental ou simbólica o lado humanitário, os resgates, a solidariedade e as histórias das pessoas. Além disso, o momento do retorno a casa e reconstrução das moradias também será mostrado.

Jô Folha é fotógrafo e durante a enchente trabalhava no extinto jornal Diário Popular. Ele conta que é muito difícil acompanhar e registrar tragédias. Transmitir para a sociedade a dor sentida pelas famílias que abandonaram seus lares sem saber se conseguiriam voltar, entre outras situações vividas na época teve um peso muito grande. “Outra coisa importante, também, é saber baixar a câmera e ajudar, como nos resgates, por exemplo. Esse cuidado faz a diferença.”

“Esses momentos são tristes, mas penso que registrar um fato histórico com respeito é também uma maneira de demonstrar empatia ao que tantos enfrentaram”, reflete Leandro Lopes, outro selecionado para a exposição. Em maio de 2024 ele estava em recuperação de uma cirurgia, mas sentiu que não podia deixar de estar lá. O que mais marcou o jornalista foi a solidariedade das pessoas e ele acredita que esse deve ser um exercício contínuo. “Acredito que tragédias não podem ser esquecidas. Pelo contrário: elas precisam ser lembradas para que não se repitam, como mais uma vez está acontecendo em outros pontos do Rio Grande do Sul”.

Guilherme Tavares conta que no primeiro momento não se sentiu confortável para fotografar e colocou seus esforços no voluntariado. “Quando as águas estavam começando a baixar, ainda tinham algumas zonas alagadas e eu pensei, poxa, mas eu também como fotógrafo não posso deixar de registrar esse momento histórico”. O Memorial foi o lugar que ele achou propício para mostrar essas imagens para o público.

Cada uma das cinco exposições tem um subtema:

Porto Alegre:

  • 1ª – Voluntariado: 12 de julho a 7 de agosto.
  • 2ª – Resiliência: 9 de agosto a 11 de setembro.
  • 3ª – Conscientização: 13 de setembro (sábado) a 9 de outubro (quinta).

Pelotas:

  • 4ª – Gratidão: 25 de outubro (sábado) a 20 de novembro (quinta)
  • 5ª – Retomada: 22 de novembro (sábado) a 20 de dezembro (sexta)

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