Cidade planejada

Editorial

Cidade planejada

Cidade planejada
(Foto: Jô Folha)

Na última semana Pelotas fez avanços significativos para resolver um de seus problemas crônicos no trânsito, a rótula do Big (agora do Carrefour). Antes, no ano passado, ajustou a da Fernando Osório com 25 de julho. Em ambas houve natural reclamação da população, já que de início a adaptação é complexa e os sistemas de semáforos em entroncamentos maiores tendem a demandar mais espera. No entanto, o que parece ter norteado as ações das administrações públicas nessas situações foi principalmente a segurança. Algo parecido aconteceu na rótula do Krolow uns anos atrás, na do Shopping há não muito tempo e assim se vai sucessivamente.

Hoje, a reportagem da página 5 traz o problema no entorno do IFSul, também uma dificuldade histórica de arranjar solução. Há ainda, por exemplo, a praça do Colono, a entrada do bairro Cruzeiro com Navegantes e tantas outras situações que causam tranqueiras e perigos no nosso trânsito. Em todas elas, há um denominador comum: parecem ter sido feitas sem muita avaliação de impactos a médio e longo prazo.

Há diversos casos em que Pelotas fez obras sem considerar alguns fatores básicos, como o potencial crescimento das regiões da cidade ou a segurança viária. Isso não pode se repetir, sob pena do gasto dobrado constantemente. O município precisa criar mecanismos de planejamento que se sobreponham a gestões municipais. É a eterna frase a ser repetida: precisamos de projeto de cidade, não de governo. Independente do governo que está, esteve ou venha a estar.

Para isso, é fundamental que a comunidade se valha das conferências, como a da Cidade, que acontece nos próximos dias. Dela deve sair os indicadores para o próximo Plano Diretor, provavelmente para o próximo plano de Mobilidade Urbana e mais outras propostas. Há muita gente com boas opiniões, ideias e visões e é preciso que tudo seja congregado para que se pense o município a curto, médio e longo prazo. Hoje o trânsito não é um grande problema, como em muitos lugares do Estado e do país. No entanto, é preciso estarmos atentos para o crescimento da cidade de maneira organizada e bem estruturada.

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