“Foi com eles que percorri, pesquisei e me apaixonei por Pelotas”

Abre aspas

“Foi com eles que percorri, pesquisei e me apaixonei por Pelotas”

Lucinda Helena Ziebell é aposentada e agente de turismo

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“Foi com eles que percorri, pesquisei e me apaixonei por Pelotas”
Lucinda é bancária aposentada e trabalha há quase 30 anos com turismo local. (Foto: Divulgação)

Lucinda Helena Ziebell tem 76 anos, é aposentada e desde o final dos anos 1990 trabalha com turismo receptivo em Pelotas. Durante a pandemia finalizou suas atividades oficiais, mas está atenta aos movimentos da cidade.

Quando surgiu esse interesse pelo turismo?

Após a minha aposentadoria como bancária em 1994, recebi a visita de um amigo que vive fora do país e, passeando com ele pela cidade e interior do município, me descobri totalmente ignorante sobre a história, a arquitetura e a cultura de minha cidade natal. A partir daí, comecei a procurar informações, que naquela época eram poucas e conheci a professora Elizéte Jeske, que desenvolvia um trabalho de pesquisa junto aos seus alunos, no antigo Colégio Santa Margarida. Foi com eles que percorri, pesquisei e me apaixonei por Pelotas.

Como essa paixão virou um trabalho?

Foi então que ingressei no curso de Guia de Turismo oferecido pelo Senac, quando convivi e posteriormente me associei à Maria da Graça Argoud num trabalho voltado ao Turismo Receptivo que desenvolvemos no final do curso. Algum tempo depois, nos associamos à Terrasul, agência de viagens da Franciane Ramos Dias, nossa professora no curso, com um foco maior a partir daí ao Receptivo em Pelotas.

Participamos ativamente na Fenadoce. Primeiramente como agência receptiva e desde 2008 com a loja Doces Lembranças Pelotas, que surgiu da necessidade que sentíamos de haver um local que concentrasse os produtos confeccionados por várias pessoas em nossa cidade e que os turistas compram em suas viagens. A loja começou instalada na praça José Bonifácio, próximo à Catedral, e desde 2013 está localizada no Mercado Central. Hoje está em outras mãos, mas fico feliz por ver que aquela sementinha inicial continua germinando.

E o que veio a partir disso?

Desenvolvi, com a ajuda de pessoas comprometidas com o mesmo objetivo, um trabalho de equipe exaustivo, mas prazeroso e de muito aprendizado. Sou grata a muitas pessoas que caminharam junto, associando-se e colaborando nas viagens, nos passeios locais, no atendimento na agência Terrasul Pelotas Viagens, na loja Doces Lembranças Pelotas e principalmente dentro da Fenadoce. Tudo foi feito à muitas mãos, com muito trabalho e carinho.

É muito bonito! Eu sempre digo que o turismo é uma cachaça, tanto que agora que eu já estou, desde a pandemia, sem atuar mais, já estou me considerando aposentada, sigo sempre curiosa para conhecer coisas novas. Se estou no Instagram e vejo que tem um novo restaurante, eu vou conhecer, algum lugar diferente no interior, eu quero ver o que é, é uma cachacinha que não larga mais a gente.

Quais desafios você enfrentou neste tempo de atuação?

Desafios? Começamos conhecendo o interior do município através de um mapa físico antigo. Confeccionávamos o material de divulgação em papel, com os nossos recursos. Hoje, no celular, temos mapas, rotas, história, fotos, dicas de passeios, atrações culturais e turísticas. As facilidades são muitas, mas penso que a nova geração pode aproveitá-las melhor. Falta aqui uma coordenação das muitas ações que brotam isoladamente. O Turismo é uma engrenagem com muitas peças que precisam funcionar bem para que ela tenha um bom desempenho: Agências de viagem, hotéis, restaurantes, guias de turismo, entretenimento, atrações naturais e culturais, simpatia da população, segurança, limpeza da cidade…. Tudo engloba Turismo.

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