O “Escultor dos Pampas” é homenageado em mostra

Trajetória

O “Escultor dos Pampas” é homenageado em mostra

Exposição que celebra os 120 anos de Antonio Caringi será aberta segunda-feira (19) no Ágape

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O “Escultor dos Pampas” é homenageado em mostra
Serão exibidas imagens do pelotense e obras de outro artistas. (Foto: Jô Folha)

Revivendo Antonio Caringi reúne mostra documental e exposição de arte para homenagear este escultor pelotense no mês do seu aniversário. A homenagem lembra a passagem dos 120 anos de nascimento do artista que deixou um legado cultural inestimável na história da escultura brasileira. A abertura ocorrerá nesta segunda-feira (19), às 19h, no Ágape, na rua Padre Anchieta, 4.480.

Com curadoria dos professores José Luiz de Pellegrin e Nicola Caringi Lima, a mostra documental apresenta uma série de fotografias raras do artista com suas obras, os prospectos originais do livro Caringi 1944, hemeroteca do artista mais recente e documentos que resgatam a trajetória do conhecido como “Escultor dos Pampas”. O evento tem o patrocínio cultural da Pelota Negócios Imobiliários.

A exposição integra a programação oficial do Mês de Antonio Caringi, instituído por Lei Municipal em 2022. A produtora executiva da proposta, Antonella Caringi de Aquino, explica que a ideia partiu da data especial de 120 anos.

Como Antonella tem se ocupado em resgatar a memória do artista, ela achou importante abrir o acervo documental, que incluem os prospectos do livro de 1944, que o artista produziu registrando toda sua produção de 1934 a 1944. A publicação foi financiada por um prêmio que o escultor ganhou.

“Segundo o José Francisco Alves este foi o primeiro livro de arte do Rio Grande do Sul. É dali que sai essa denominação ‘Escultor dos Pampas’”, conta Antonella, neta de Caringi.

Há pouco tempo Antonella recebeu do padrinho uma caixa com essas provas do livro. Os personagens mais importantes desse material estarão na mostra e poderão ser comprados pelos colecionadores de arte. “Peguei figuras representativas dessa produção e alguns monumentos importantes da cidade, que naquela época ele já tinha feito”, comenta.

Responsável por esse trabalho de resgate do nome do grande escultor gaúcho do início do século 20, que estava ficando esquecido, Antonella diz que tenta fazer um trabalho pensando em como ele se movimentava.

O artista era muito cuidadoso com a própria imagem e dedicava tempo para publicizar sua produção. “Tento a cada dia dar o meu melhor, com autocrítica, com ética, com muito trabalho, com amor e com conhecimento”, diz.

Olhar sobre o artista

Junto com essa mostra que relembra a trajetória de Caringi e suas mais importantes obras, Antonella reuniu um time de artistas que trazem um olhar sobre o escultor e sobre suas obras. “Vamos ter uma coletiva de 11 amigos, que fizeram releituras”, fala.

Participam da coletiva Alejandro Arnutti, Eduardo Chaffe, Gloria Corbetta, Leona Carvallo, Mauro Vila Real, Raquel Recuero, Christiano Cardoso, Eduardo Kobra, Ivan Medeiros, Marília Fayh, Patrícia Winkler, Ramile Leandro e Roberto Bonini.

Entre as obras estão uma aquarela em que Ramile fez um bombeador sendo lavado pela água da chuva, restaurando a obra, que está na praça 20 de Setembro. Roberto Bonini retratou uma foto original com Caringi. Chaffe, Medeiros e Patrícia Winkler fizeram uma composição com imagens do monumento de J.J.Seabra, escultura Caringi em Salvador.

Já Arnutti deu ares surrealistas à face de O Laçador. Há ainda um print certificado do Eduardo Kobra, que utilizou a imagem deste símbolo dos gaúchos para fazer uma obra que arrecadou mais de R$ 1,5 milhão durante a pandemia, convertidos em cestas básicas à Defesa Civil e à Assistência Social do RS.

Outras atrações

O evento ainda terá a participação dos artistas do projeto Esculturas Vivas, de Porto Alegre. Também serão apresentados souvenirs da marca oficial Cultura Caringi. A exposição ainda tem a parceria de Cello Castro da agência Human Be.

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