Pepe Mujica morre aos 89 anos
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Pepe Mujica morre aos 89 anos

Ex-presidente uruguaio enfrentava câncer no esôfago

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Atualizado terça-feira,
13 de Maio de 2025 às 17:16

Pepe Mujica morre aos 89 anos
Mujica tornou-se conhecido mundialmente pela simplicidade (foto: divulgação)

O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica morreu ontem, aos 89 anos. Há um ano, ele anunciou que estava com um tumor no esôfago e que o órgão estava muito comprometido. Mujica estava em fase terminal e recebia cuidados paliativos para aliviar a dor. Ele completaria 90 anos no próximo dia 20.

A morte foi confirmada pelo atual presidente, Yamandú Orsi. “Sentiremos muita falta de você, ‘Viejo’ querido. Obrigado por tudo o que você nos deu e por seu profundo amor pelo seu povo”, escreveu nas redes sociais.

Pepe Mujica foi presidente entre 2010 e 2015. Na década de 1960, integrou o grupo guerrilheiro Movimento de Liberação Nacional – Tupamaros. Mujica ficou preso durante 14 anos por sua atuação durante a ditadura uruguaia.

Desde os anos 1990, o ex-presidente foi deputado e senador pela Frente Ampla, da qual foi fundador.

Em sua presidência, tornou-se uma das principais referências políticas da esquerda na América Latina. Em seu governo, foram legalizadas a maconha, o abordo e o casamento igualitário entre pessoas do mesmo sexo. Após deixar a presidência, elegeu-se senador, cargo que deixou em 2020.

Tornou-se conhecido pelo estilo de vida simples e pelo Fusca 1987 que continuava dirigindo quando já era presidente. Pepe Mujica passou os últimos anos cuidando da horta do sítio onde morava com a mulher Lucía Topolansky.

Políticos brasileiros lamentam

“Mujica deixa um legado de humildade, coerência e compromisso inabalável com a justiça social. Sua vida foi um exemplo de resistência, generosidade e amor pelo povo”, disse o prefeito de Pelotas, Fernando Marroni (PT).

O governador Eduardo Leite (PSD) escreveu que Mujica fez da política um gesto de humanidade. “Nunca precisou de pompa para ser grande. Viveu com simplicidade, falou com firmeza e governou com espírito de conciliação”.

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