Relacionamento azedo

Editorial

Relacionamento azedo

Regra, que já era exigida para motociclistas, prevê multa e perda de 4 pontos

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Relação com a prefeitura foi pauta na câmara. (Foto: Jô Folha)

Durou pouco a lua de mel entre a prefeitura de Pelotas e Câmara de Vereadores. Ontem, durante a sessão do Legislativo, o distanciamento entre os poderes dominou as pautas da tribuna. Em pouco mais de 120 dias de gestão, já há uma clara cisão nas relações, o que gera preocupação para o avanço de pautas desenvolvimentistas e levanta o risco de passarmos os próximos meses, talvez anos, vendo uma travadeira que atrapalha o avanço de temáticas de interesse da comunidade, dando lugar a uma troca de farpas eterna.

É claro e notório que o governo, além de ser minoria absoluta na Câmara de Vereadores, tem tido dificuldades de desenvolver o relacionamento com os vereadores. Um exemplo da confusão é que no quinto mês do ano já são cinco trocas no secretariado, uma situação complexa que certamente impacta o avanço de trabalhos dentro das pastas.

Por outro lado, é também visível que a vaidade dos parlamentares tem ajudado a azedar qualquer tentativa de ajuste de caminhada. Muitos buscam representatividade, cargos em pastas e que suas pautas sejam priorizadas, acima de qualquer entendimento geral. No entanto, era claro que a situação seria assim. Nos últimos mandatos de prefeitos esse alinhamento foi algo que custou tempo, recursos, carinho e cargos. Era visível que isso se manteria.

Diante dessa troca de farpas que escala rapidamente, porém, fica a população. Entramos no quinto mês do ano e praticamente não houve qualquer avanço em temas significativos para resolver, por exemplo, a crise econômica que assola a administração pública. A pessoalização dos temas deixa o macro de lado e paralisa o avanço de pautas que possam vir a desenvolver a cidade.

É momento de que todos entendam o seu papel, o seu tamanho, deixem os egos de lado, respeitem-se entre si e busquem avançar na geração de emprego, renda, captação de recursos para defesa climática e aprimoramento da saúde, educação e infraestrutura da cidade. Se Pelotas vai passar os próximos quatro anos vendo seus poderes em guerra, verá uma oportunidade de surfar na onda crescente de avanços da região.

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