Não é hora de errar

Editorial

Não é hora de errar

Não é hora de errar
Autarquia fez contratação após decreto de situação de emergência (foto: Divulgação)

Há um provérbio milenar que diz: “A esposa de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta.” É uma reflexão sobre a imagem que passamos, muito mais do que somos. Ao longo dos últimos dias, a questão do Sanep e do contrato em que a prefeitura fala que foi um erro por pressa e a Câmara debate o superfaturamento, ficou aquém do esclarecimento desejado para um tema tão importante. Respostas sólidas e detalhadas são necessárias.

A prefeitura atribuir a apenas “um erro” motivado pela “pressa”, por mais que possa ser verdade, fica muito aquém do que é necessário pela sensibilidade do assunto. Afinal, espera-se a idoneidade e seriedade ao formular contratos, especialmente em uma situação de emergência. Por mais que se confirme que foi apenas desleixo, tal cenário é igualmente crítico, dada a situação financeira do município. Não fosse um olhar criterioso, talvez teríamos perdido centenas de milhares de reais por “pressa”. Os vereadores acertam em ficar atentos em todos os contratos, assim como também devem olhar para dispensas de licitação e demais gastos. Afinal, eles têm o papel de fiscalizar e não podemos deixar espaço para erros que custem caro.

Entre possibilidades e teorias, é preciso averiguar e estabelecer critérios claros de fiscalização e defesa do interesse público na elaboração de contratos. É a mesma situação dos casos constantemente noticiados em outros setores, como as emendas de vereadores, escândalo do Pronto Socorro e da Assistência Social no ano passado, entre outros. Se há erro deliberado, que puna-se. Se houve desatenção, que corrija-se para que não se repita. Até lá, é importante lembrar à classe política e à administração pública que a imagem é o que conta e, no fim do dia, o público está sempre um pouco desconfiado de tudo e de todos que governam, justamente por estarem escaldados.

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